Sunday, June 30, 2019

Teatro das Oprimidas, por Bárbara Santos

Teatro das Oprimidas, por Bárbara Santos – Philos

Teatro das Oprimidas, por Bárbara Santos





A inegável conquista das mulheres por direitos e mais participação em instâncias de poder, não tem sido suficiente para impedir que milhares de mulheres, no mundo inteiro, continuem sendo vitimadas pela violência machista: doméstica e social, física e emocional. Além de, freqüentemente, carregarem a vergonha e a culpa por suas tragédias. Isso dificulta a percepção de que o que se passa com cada uma dessas mulheres não é nem particular nem natural.
O Teatro das Oprimidas é resultado da necessidade de desenvolver produções teatrais, nas quais as mulheres não sejam culpabilizadas pelas violências machistas que enfrentam, e de ampliar a participação de artistas-ativistas como facilitadoras desses processos de produção e do diálogo com o público nas sessões de Teatro Fórum, uma das técnicas mais praticadas do Teatro do Oprimido, método criado por Augusto Boal.
Por um lado, o Teatro das Oprimidas aprofunda a perspectiva subjetiva do problema para explicitar a complexidade das personagens e, por outro lado, prioriza a inclusão da estrutura social na encenação, a fim de revelar os mecanismos de opressão que sustentam o sistema patriarcal.
Se o Teatro do Oprimido representou uma revolução na forma de conceber e implementar o fazer teatral, o Teatro das Oprimidas constitui a revolução dentro da revolução. Uma metodologia que surgiu de dentro de outra metodologia para aprofundá-la, ampliá-la e também para questioná-la.
No Teatro das Oprimidas não se questiona apenas o caráter singular e masculino “do Oprimido”, busca-se a superação da abordagem individualista na representação cênica por meio da problematização do contexto social que limita (e muitas vezes impede) as escolhas pessoais das oprimidas.
Nesse sentido, o Teatro das Oprimidas, como processo estético e político, relativiza a importância dos comportamentos individuais na encenação, a fim de jogar luz nas variáveis que interferem na situação, independente das decisões particulares da protagonista. Nossa metodologia de trabalho visa desenvolver a perspectiva artística e a abordagem estrutural em produções teatrais, por meio de estéticas feministas.
O Teatro das Oprimidas instaura espaços para o questionamento da imposição de uma forma padronizada de ser. Espaços que possibilitem a abertura das receitas herdadas de “boa menina”, “boa moça”, “boa dona de casa”, “boa mãe”…, que continuam a repercutir e a influenciar a vida cotidiana. No Teatro das Oprimidas, propomos a invenção de fórmulas improváveis e a celebração da ousadia das que foram chamadas de bruxas e punidas por se rebelarem contra a negação de suas existências. A metodologia estimula o estabelecimento da confiança mútua e o exercício da solidariedade para a superação da culpa, da vergonha e da competição, com vistas ao enfrentamento do silêncio que oculta temas tabus. No Teatro das Oprimidas, lutamos para estabelecer um território de empoderamento, em que tanto fraquezas, inseguranças, erros e medos, quanto potencialidades, sonhos e descobertas possam ser compartilhados sem restrições.
As participantes se sentem encorajadas a contar suas histórias por perceberem que estas são quase como ecos de histórias alheias. Um processo que potencializa sororidade, por meio da escuta de suas próprias palavras na voz da outra; da percepção de si na declaração de identidade da outra; da auto-imagem na pintura da outra; e no reencontro do sonho esquecido no poema da outra. Aproximação que facilita a compreensão coletiva das complexidades emocionais e dos contextos sociais que englobam e reforçam essas opressões.
A abertura desses espaços propiciou o contato com algo de ancestral que nos ajudou a abrir portas fechadas de uma identidade obscurecida e sufocada pela imposição de modelos autoritários e inflexíveis. Um espaço de tempo com liberdade para nos vermos (eu-nós) e investigarmos imagens, contradições e concessões. Espaço de compreensão e, ao mesmo tempo, de crítica, onde nos despimos das vítimas e nos assumimos sobreviventes: oprimidas em busca de transformação que se convertem em ativistas.
Com a expansão dos processos de multiplicação, a experiência chegou a Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Guatemala, Argentina, Uruguai, Chile, Nicarágua, Equador, Costa Rica, Venezuela, Bolívia, Colômbia, México, Itália, Espanha, Suíça, França, Hungria, Polônia, Índia, Nepal e Argélia com grupos feministas de defesa dos direitos das mulheres. Esse processo deu origem a uma rede internacional.
Rede Ma(g)dalena Internacional:
Nas primeiras experiências, nos reunimos para investigar se seria mais fácil falar de nossos silêncios estando entre mulheres. Nesse ambiente, nossas vozes soaram melhor. Incrível a experiência de poder se expressar, ao mesmo tempo, com força e com suavidade. Mágico escutar a própria voz nas histórias alheias. Enfrentar o silêncio em coletivo fez todo o sentido.
O forte interesse despertado pela experiência, seus resultados e suas descobertas foram o impulso necessário para avançar. Não havia mais como retroceder. Cruzamos fronteiras e nos aproximamos de outras, que multiplicaram e transformaram nossa imagem. Nos tornamos muitas mais.
Criamos espaços de partilha e nos transformamos em uma Rede Internacional, a fim de ampliarmos o volume de nossas vozes, a visibilidade de nossa luta e a possibilidade de atuação articulada. Para aprofundar as descobertas, organizamos encontros e seminários internacionais no Rio de Janeiro, Berlim, Buenos Aires, La Paz, Matagalpa, Barcelona e Montevidéu. Nos olhamos umas às outras e nos questionamos sobre o porquê e o para quê seguir adiante… juntas! A muitas mãos, escrevemos um manifesto para expressar quem somos, o que fazemos e o que queremos.
Sentimos a necessidade de avançar também na produção artística e realizamos dois festivais internacionais, a primeira edição, em 2015, em Puerto Madryn, Patagônia Argentina e, em 2017, em Berlim, Alemanha.
Estamos em coletivos articulados a organizações e movimentos. Somos múltiplas e diversas. Somos um movimento de artistas-ativistas. Buscamos analisar e entender as especificidades das opressões que enfrentamos em intersecção com as demais opressões. Implementamos ações políticas concretas, através de nossa estética feminista, que visam a superação da violência machista, da exploração capitalista e do sistema patriarcal.

Bárbara Santos (Rio de Janeiro, Brasil). É uma das idealizadoras e principal difusora do Teatro das Oprimidas. A autora é fundadora e referente artístico-metodológico da Rede Ma(g)dalena Internacional, composta por grupos feministas da América Latina, Europa, África e Ásia. No Brasil, atua como consultora do Centro de Teatro do Oprimido, editora da revista METAXIS e como diretora artística do grupo Cor do Brasil e do Coletivo Madalena-Anastácia. Bárbara tem 29 anos de experiência ininterrupta com o Teatro do Oprimido, em mais de 40 países. É autora de Teatro do Oprimido, Raízes e Asas: uma teoria da práxis, lançado em português, 2016 (Ibis Libris); em espanhol, 2017 (Descontrol Editorial); em italiano, 2018 (Clueb) e em inglês, 2019 (UCLA). A nova edição de Raízes e Asas, 2019, em português, sai pela Casa Philos. O segundo livro da autora Percursos Estéticos: abordagens originais sobre o Teatro do Oprimido foi lançado em português, 2018 (Padê editorial). Bárbara Santos vive na Alemanha desde 2009, onde é diretora artística de KURINGA – espaço para o Teatro do Oprimido em Berlim e do grupo Madalena-Berlim. Idealizadora e coordenadora do Programa KURINGA de Qualificação em Teatro do Oprimido, que teve avaliação externa da Universidade de Bologna, integra a ITI Alemanha, o Instituto Internacional de Teatro da UNESCO.
Como autora e diretora, tem se destacado por produções artísticas que abordam temas contextuais (capitalismo, racismo, machismo, migração, etc.) e pela pesquisa de formatos coletivos para a intervenção da plateia no Teatro Fórum. Como atriz, fez Filomena, no filme A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Ainouz, ganhador do Grand Prix de Melhor Filme, da mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes de 2019. Como performer, em Travessia, investiga a conversão do corpo cênico em corpo político.

Ataque homófobo en Barcelona: “Te voy a hacer heterosexual a hostias” | Cataluña | EL PAÍS

Ataque homófobo en Barcelona: “Te voy a hacer heterosexual a hostias” | Cataluña | EL PAÍS



Un joven sufrió durante la noche del jueves una agresión homófoba en un restaurante del centro de Barcelona. En un vídeo que se ha viralizado en redes sociales, se observa como  un hombre veja a otro, amenaza, e insulta a otro en medio de un restaurante y delante de un empleado de seguridad.
“Que te cortes un poco, que estás en un sitio público”, recrimina, en referencia al atuendo de la víctima. Ante lo que el joven le responde que no va a variar su forma de vestir: “Es el día del Orgullo”, le responde. “También es el día de soltar hostias. ¿Quieres ver cómo te las suelto? Te voy a hacer heterosexual a hostias. Ahora cuando salgas te voy a dar de hostias y la mariconería se te va a quitar”, le contesta el agresor. El vídeo termina con una última frase de este que insiste: “A mí me estás faltando al respeto por vestir así en un sitio público y más habiendo niños pequeños”.


El vídeo fue subido por un usuario de Twitter en la madrugada del jueves y en menos de 24 horas rozaba los dos millones de visualizaciones. La agresión se produjo en un McDonalds cercano a la plaza Catalunya de Barcelona, según han confirmado a EL PAÍS los empleados del establecimiento. El departamento de comunicación de la empresa ha condenado los hechos y ha explicado que fue el vigilante de seguridad que aparece en el vídeo el encargado de llamar a la policía.  Los Mossos d'Esquadra se personaron en el restaurante e identificaron tanto al agresor como a la víctima, que de momento no ha querido presentar una denuncia, aunque los Mossos mantienen la investigación. El Observatorio contra la Homofobia también anunció que no había recibido ninguna denuncia. Y la víctima rehusó hacer declaraciones.
La alcaldesa de Barcelona, Ada Colau, y otros líderes políticos como Albert Rivera condenaron la agresión. Colau, después de colgar la bandera LGTBI en el balcón del Ayuntamiento, declaró: “Que sepan los homófobos que no son bienvenidos en la ciudad y que no vamos a permitir ni un solo acto de homofobia. Barcelona, con toda la firmeza, estará al lado de las entidades y los colectivos LGTBI para estar vigilantes y alerta, y no permitir ni un solo acto ni agresión de homofobia'”, ha dicho Colau, que ha resaltado que Barcelona no tolera la diversidad, sino que la reivindica como la única señal de identidad que la representa.

Thursday, June 20, 2019

Lo que me destroza de ti Rosalía

Lo que me destroza de ti Rosalía – Afroféminas



Lo que me destroza de ti Rosalía

Lo que me destroza de ti Rosalía no es que en un mundo ideal sin racismo sí podría existir tu música, sino el hecho de que, en nuestro mundo, uno hasta las trancas racista, ninguna gitana puede existir con tu éxito.
Rosalía en la Gala de los Goya
Siendo gitana te corresponde el asiento trasero, esto es, musicalmente hablando, el acompañamiento vocal de fondo. Tú por delante de ellas, a quienes debes casi todo. Y digo casi, porque no puedo ser tan necia y cuestionar el talento y la perseverancia que te caracterizan. El problema es que cuando digo que el racismo no (solo) eres tú, sino toda una estructura, también estoy diciendo que tampoco tu carrera musical eres solo tú, sino toda una construcción socioeconómica que te ha dotado de todas “las buenas papeletas” para “sin ser gitana tener compás”.
Es una aberración pensar, o peor aún, pronunciar que el flamenco no es de los gitanos, sino más bien de nadie. En su momento hubiese sido de vital importancia que entendieses que quienes no son pertenencia de nadie son los gitanos. Ni tuya, ni de todo una legado de supremacía blanca de la que tú eres heredera.
Y ahora lo has vuelto a hacer. Has vuelto a quitarnos una comunidad, no, varias de la lista de grupos marginalizados “quienes estaban a salvo de ti”. Dices que la sangría y Valentino están tanto en el Palace como en el chino. Pero déjame decirte que quien está en el Palace, probablemente sea un chino. Pero no aquel a quien tú te refieres, sino uno de los 3 millones de millonarios con los que cuenta China. Y sin embargo, lo chino se asocia a lo barato, lo sucio, el abismo social, vaya. Explicar este fenómeno de biases raciales es entender una dinámica en la que personas como tú se refieren a las tiendas de alimentación como “chino”. Es un privilegio que a ti pronto te conozcan como “la española”. Te lo dice alguien que hasta día de hoy es “la china” y por unos motivos radicalmente distintos.
La china, la negra, la latina. De nuevo, bailan detrás de ti, no contigo. Y esto no es más que otro ejemplo, como el grandioso final de tu video Aute Couture, de que las personas racializadas no nos disfrazamos de ti, tú no eres solo un adorno de diversidad en un vídeo, ni nosotras acudimos a tu pueblo para grabar un video y después pirarnos. Disculpa que me ría con tu portada de «Sueño cumplido». Supongo que soñamos con objetivos muy distintos.
*Racial biases son prejuicios y sesgos basados en la racialización

Anna Fux
Hija de tercera cultura residente en Madrid. Escribe y fotografía sobre antirracismo, feminismo y todo lo millennial.
@annafuxx en Instagram

Saturday, June 15, 2019

PODCAST | Escucha 'Máster', la intrahistoria de la investigación del caso Cifuentes en eldiario.es

PODCAST | Escucha 'Máster', la intrahistoria de la investigación del caso Cifuentes en eldiario.es





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Producción: Toni Garrido
Dirección: Álvaro de Cózar
Guion: Álvaro de Cózar y Pablo G. Batista
Grabación y diseño de sonido: Yago Mendívil 
Música: Juan Arance
Tema: No hay amor sin dolor de Los Bengala
Créditos: Al rojo vivo (La Sexta), Más vale tarde (La Sexta), La Sexta Noticias, Hoy por hoy (Cadena SER), La ventana (Cadena SER), Hora 25 (Cadena SER), Hora 14 (Cadena SER), Más de uno (Onda Cero), Antena 3 Noticias, Dos días y una noche (Antena 3), Noticias cuatro, El cascabel (13TV), Es la mañana de Federico (esRadio), Millenium (TVE), Telediario 1 (TVE), Telenoticias (Telemadrid).

Friday, June 14, 2019

Testimonios que abren otras perspectivas de la historia: Antonio Benaiges, Antonio Gamoneda y Marcos Ana | Tam-Tam Press

Testimonios que abren otras perspectivas de la historia: Antonio Benaiges, Antonio Gamoneda y Marcos Ana | Tam-Tam Press







La ciudad de Valladolid acogerá, los días 19, 21 y 22 de junio, tres actividades para conmemorar el 80 aniversario del fin de la guerra civil: la presentación de un libro sobre el maestro burgalés Antonio Benaiges, un concierto de Cova Villegas y Delta Galgos con poemas musicados del libro “Blues castellano” de Antonio Gamoneda, y la proyección del documental “Sueño de libertad. Presos de la memoria” que recorre la memoria de los presos en las cárceles franquistas a partir de la voz del poeta Marcos Ana.
En numerosos ámbitos institucionales o memorialistas se ha conmemorado este año 2019 el 80 aniversario del fin de la guerra civil. Pero del mismo modo podría considerarse que este año se cumple también el 80 aniversario del comienzo de la larga posguerra. Al fin y al cabo, la tragedia continuó después de aquel 1939, bien en forma de represión, bien en forma de exilio, bien en cualquiera de las expresiones propias del fascismo.
Por ese motivo, la Fundación Jesús Pereda de CCOO de Castilla y León ha preparado un pequeño ciclo conmemorativo de aquellos hechos donde ofrecer una triple perspectiva de esa historia. Esta tarea de recuperación de la memoria histórica y democrática es, entre otras, una de las funciones de la Fundación, que para cumplir sus cometidos trata siempre de combinar los contenidos con un formato cultural.
El programa se llevará a cabo en diversos espacios de la ciudad de Valladolid los días 19, 21 y 22 de junio. Y está formado por tres actividades que se presentan como primicia. Todos estos actos son de entrada libre y gratuita, si bien para el concierto de Cova Villegas y Delta Galgos se precisa invitación. Las invitaciones pueden recogerse en la sede de CCOO Castilla y León, Plaza Madrid 4, 4º planta, en la ciudad de Valladolid.
PRESENTACIÓN DEL LIBRO “ESCRITOS DE VIDA”
Antonio Benaiges fue maestro en la escuela de Bañuelos de Bureba (Burgos), donde impartió clases de acuerdo con el método Freinet. Fue detenido tras el golpe de estado y asesinado en el mes de julio de 1936. Pero algunos de los cuadernos con los que trabajaron sus alumnos y alumnas pudieron salvarse y conservarse.
La Asociación Escuela Benaiges, constituida en 2013, además de recuperar la antigua escuela como espacio cultural, ha publicado junto al editor José Antonio Abella “Escritos de vida. Publicaciones de los niños y niñas de la escuela de Bañuelos de Bureba 1935-1936”, una edición facsímil de aquellos cuadernos que se consiguió conservar.
:: CONCIERTO “BLUES CASTELLANO”
El libro “Blues castellano” recoge poemas escritos por el poeta Antonio Gamoneda entre 1961 y 1965, que, tras sufrir la censura franquista, no pudieron verse publicados hasta el año 1982. En septiembre de 2018, una parte de esa obra recibió un tratamiento musical, del que se han encargado la cantante Cova Villegas y el grupo Delta Galgos, formado por los guitarristas Gonzalo Ordás y Marcos Cachaldora. Se constata en esta producción la vinculación entre el blues y la poesía a partir de la forma elegida por Gamoneda para hablar de la negra España tardofranquista mezclando crónica y protesta.
:: DOCUMENTAL “SUEÑO DE LIBERTAD. PRESOS DE LA MEMORIA”
Este largometraje documental recorre la memoria de los presos en las cárceles franquistas a partir de la voz del poeta Marcos Ana. Sus declaraciones han sido extraídas de tres entrevistas realizadas por Nuria López Leal y por Jaime Contreras y suponen un testimonio sobrecogedor de las vivencias de un hombre que fue encarcelado en 1939, cuando tenía 19 años, y que no fue liberado hasta 1961, gracias a las presiones de Amnistía Internacional.
La película ha sido realizada por la productora gaditana Guión 13 y dirigida por los mencionados Nuria López y Jaime Contreras.

Wednesday, June 12, 2019

Última jornada del juicio a líderes independentistas por el referéndum e...



Ayer miércoles finalizaba en Madrid el esperpento jurídico contra los líderes y políticos independentistas por los hechos en torno al referéndum catalán de 2017.

Las defensas pidieron la absolución de los 12 enjuiciados al rechazar que cometieron los delitos de sedición y rebelión, algo que sostenían los fiscales e incluso buena parte de los medios periodísticos españoles, negándose a llamar presos políticos a los encarcelados.

Todos los abogados, en una estrategia conjunta, rechazaron aquellos supuestos delictivos, pero aceptando la comisión de desobediencia, que no conlleva pena de prisión.

En este video de RT se habla del tema con Guillermo Rocafort, profesor de derecho constitucional de la UEM, aunque en este blog se pueden leer las opiniones de otros reputados expertos y Catedráticos de Derecho Constitucional, como José Antonio Martín Pallín, Javier Pérez-Royo y Diego López Garrido.



https://tenacarlitos.wordpress.com/2019/06/13/el-supremo-esperpento-juridico-visto-para-sentencia-con-hedor-neofranquista/

Monday, June 10, 2019

El país en el que la izquierda sabía unirse y ganar, por Jorge Castrillón

El país en el que la izquierda sabía unirse y ganar - últimoCero | Noticias de Valladolid





 



Este próximo domingo 27 de octubre tendremos elecciones generales y municipales. Tranquilos, que no será en España: hablo de Uruguay, donde elegirán gobierno y alcaldías. Es una experiencia curiosa, y recomendable vivir un proceso electoral aquí. Y es que en Uruguay el centroizquierda es hegemónico. Os hago un resumen rápido:  en 1971 se constituyó el Frente Amplio, resultado de una alianza entre el Partido Socialista y el Partido Comunista, a la que se adhirieron una miriada de agrupaciones menores. Tras la dictadura, el Frente ganó su primera victoria importante conquistando la alcaldía de Montevideo en 1989. La ha conservado durante los últimos 30 años, que se dice pronto, y todo indica que la revalidará este próximo mes de octubre.
En 2005 ganó la presidencia del gobierno. Lo hizo con Tabaré Vázquez (que ahora es presidente de nuevo). En 2010 también venció, asumiendo alguien que todos conocemos: Pepe Mujica, un ex guerrillero proveniente de la izquierda más ortodoxa. Para que nos entendamos, fue algo así como si a Zapatero le hubiera sucedido Anguita, y luego Zapatero hubiese sido elegido de nuevo.
Pero volvamos al presente: estas semanas el país es un hervidero de actividad política, ya que antes de las elecciones de octubre vienen las internas, en las que cada partido decide, democráticamente, quienes serán sus candidatos o candidatas. En el Frente se han presentado cuatro personas, que van desde la socialdemocracia más tibia hasta la izquierda sindical más decidida. Los debates son constantes y se producen desde los comités de barrio hasta en los grandes medios de comunicación: la gente opina y milita fuerte y sin complejos. Esto es importante visualizarlo, así que os pongo un ejemplo personal.  Todos los uruguayos frenteamplistas que conozco, ya sean compañeras de trabajo, colegas del club de lectura, conocidos de pilates o amigos del programa de tele militan en facciones absolutamente opuestas que hacen proselitismo y que discuten a muerte entre ellos.
Van a ser unas internas duras en las que puede ocurrir cualquier cosa, literalmente. Y solo hay una certeza general: sea quien sea el ganador de ese proceso interno, al día siguiente de que se den los resultados y como lleva haciendo desde 1971, como ha ocurrido a las duras (las decepciones electorales tras la recuperación de la democracia, cuando el FA quedó como tercera fuerza por detrás de los partidos tradicionales) y a las maduras (las aplastantes victorias electorales de 2005, 2010 y 2015), todo el mundo va a ir a muerte apoyando a quien haya elegido la militancia. Ya ha pasado antes y de verdad que es digno de verse: esos encorbatados tecnócratas creyentes en la economía de mercado moderadamente regulada soltando hostias como panes (figuradamente, que este es un pueblo civilizado) para defender a un antiguo guerrillero que había combatido, y disparado, para lograr una sociedad colectivizada. O bregadísimas militantes sindicales de base atajando las críticas dirigidas contra un médico de clase media alta -el presidente Tabaré Vázquez- que ha hecho todo lo posible para mantener el adjetivo "socialista" de su partido en mínimos históricos.
Volvamos a Valladolid. Mirad, la izquierda uruguaya sale a ganar y para eso practica el respeto y la solidaridad. Tiene varios defectos, por supuesto, pero  jamás veréis cosas que me han dejado absolutamente anodadado en estas elecciones pucelanas. Merece hacer un pequeño repaso de la miseria, aunque solo sea para dejar testimonio de lo que vimos en 2018, comenzando por periodistas que tuitean orgullosísimos los articulillos que, para echar mierda sobre Podemos, han publicado en el digital de Casimiro García Abadillo (el mismo que recogió ,como subdirector de El Mundo, a cuatro columnas los líbelos que las cloacas del estado se inventaron como churros para intentar hundir Podemos), siguiendo por ex compañeros y amigos del 15M que me han dejado de hablar (literalmente) por cometer la herejía de ir en listas con el partido morado, continuando con esos novios de exconcejalas de Sí Se Puede premiadas por el PSOE con un número 4, insultando en las redes a compañeras de la lista y sin olvidarnos, claro ,de cierta gente de Podemos que ha llamado de todo a compañeros de VTLP, o de cierta gente de VTLP que lleva casi un mes regocijándose ante el nefasto resultado obtenido por Podemos.
Y, por supuesto, hay que hacer mención especial a esos dignísimos referentes de la izquierda tradicional pucelana -especialistas en ocupar siempre el espacio del digno derrotado - concluyendo encantados que Podemos ha desaparecido y que así "todo vuelve a la normalidad". Por último, está siempre el PSOE en bloque, encabezado por ese personaje de tuiter que es Óscar Puente, relamiéndose mientras repite como si fuera lo mejor que le ha ocurrido a la sociedad española en siglos "con esto termina el ciclo del 15M":
La conclusión está clara: la historia reciente de las fuerzas de cambio en España en general y en Valladolid en particular es la crónica de una izquierda que se castiga a sí misma. Somos unos ignorantes políticos, en el sentido de que hemos sido incapaces de superar los traumas lejanos y cercanos, reales o inventados que nos han machacado desde 1978. El primero y principal, un PSOE que, a diferencia del socialismo en Uruguay, siempre ha antepuesto las necesidades del sistema bipartidista y su élite empresarial a las de la sociedad española. Lo estamos viendo estos días, con Sánchez y Puente jugando al equívoco, soñando con investiduras en solitario, ansiando quitarse de encima eso tan molesto de la izquierda. El segundo, secundario pero importante, es la incapacidad de organizaciones y personas para levantar la mirada del balón -otra metáfora muy uruguaya-, de pensar en grande, de no personalizar las herramientas, de aislar las malas experiencias, de cuidarnos entre todos y para preservar las herramientas que hemos construido, por contradictorias y mejorables que estas sean.
Y luego los errores propios, por supuesto, convenientemente magnificados por unos medios de comunicación que jamás habrían soñado encontrar entre nosotros mismos a una audiencia tan predispuesta al linchamiento, tan encantada con las meteduras de pata reales o inventadas. Nosotros, los que se supone debíamos defender lo conseguido y que no hemos dudado en recurrir a toda la bilis posible porque unos se han hipotecado para comprarse una casa, otros le han dado una medalla a una virgen gaditana y es que ayer el editorial de El País decía que Pablo es arrogante y claro, mi voto vale demasiado como para mancillarlo con un personaje así.
En fin: este  octubre próximo la izquierda en Uruguay saldrá a ganar, como un bloque compacto, sin fisuras, sabiendo bien lo que se juega en los tiempos de Bolsonaro o Macri. Ojalá llegue un día en que nosotros seamos capaces de hacer lo mismo en España. Mientras tanto toca reflexionar y construir, pelear las batallas presentes (esos 42 escaños se van a hacer valer) y procurar, por todos los medios, que el presente no sea el único estado posible de las cosas.

Thursday, June 06, 2019

Una sentencia judicial constata que la atención sanitaria en España no es universal | Periodistas en Español

Una sentencia judicial constata que la atención sanitaria en España no es universal | Periodistas en Español



Una sentencia judicial constata que la atención sanitaria en España no es universal

El Instituto Nacional de la Seguridad Social (INSS) deniega el acceso a la atención sanitaria a una mujer de nacionalidad cubana reagrupada legalmente en Galicia
Amnistía Internacional ha hecho público que una sentencia del Tribunal Supremo de España avala que Instituto Nacional de la Seguridad Social (INSS) deniegue el acceso a la atención sanitaria a una mujer de nacionalidad cubana reagrupada legalmente en este país, significando que “la sanidad universal no está garantizada”.
Marea blanca frente al Ministerio de Sanidad / Fotos Agustín Millán
Marea blanca frente al Ministerio de Sanidad / Fotos Agustín Millán
Amnistía añade que esta sentencia “pone en riesgo el acceso a la atención sanitaria para miles de personas que se han reagrupado de manera legal con sus familias en España”, al anular la decisión del Tribunal Superior de Justicia de Galicia en la que se declaraba ese derecho a la atención sanitaria, tal y como han hecho otros tribunales superiores de diferentes comunidades autónomas para garantizar de manera efectiva el derecho a la salud a las personas reagrupadas legalmente en España.
“La sentencia supone la constatación de que la actual normativa sobre universalidad, el RD7/2018 no garantiza de manera absoluta la protección de todas las personas extranjeras que residen en España, como ya veníamos advirtiendo las organizaciones. Esta decisión ahonda en la exclusión sanitaria de las personas reagrupadas legalmente en España y da la espalda a las recomendaciones de mecanismos internacionales de protección de Naciones Unidas y del Consejo de Europa. Garantizar la sanidad universal significa que todas las personas que residen en España, independientemente de su nacionalidad y su situación administrativa, disfruten de su derecho a la salud, sin ningún tipo de trabas” asegura Marta Mendiola, responsable de derechos económicos, sociales y culturales en Amnistía Internacional España.
“La Sentencia describe claramente como en 2012 se produjo una regresión en el reconocimiento del derecho a la atención sanitaria, regresión que no ha sido plenamente revertida por el Real Decreto-Ley 7/2018, particularmente en lo que respecta a las personas que llegan a España fruto de un proceso de reagrupación familiar. Esto evidencia que el tan anunciado regreso de la Sanidad Universal dista aún de ser una realidad para muchas personas que viven en España” declara José Félix Hoyo, presidente de Médicos del Mundo y portavoz de REDER.
“La sentencia recoge los argumentos del INSS, que más de 80 jueces han desmontado. Las familias quedan en una situación de inseguridad jurídica, sanitaria y vital grave, que se inició con la reforma del PP y que el decreto del PSOE no ha revertido. Nos acogemos al voto particular y al criterio de los jueces de lo social y continuaremos la vía jurídica pues las familias no pueden permitirse dejar de luchar por su derecho a la asistencia sanitaria” destaca Marta Pérez, portavoz de Yo Sí sanidad universal.
La sentencia del Tribuna Supremo que da la razón al Instituto Nacional de la Seguridad Social (INSS), impidiendo así el acceso a la atención sanitaria a una mujer de nacionalidad cubana reagrupada legalmente por su hija, ha sido rechazada por las organizaciones Amnistía Internacional, la Red de denuncia y resistencia al RDL 16/2012 (REDER) integrada por más de 300 organizaciones, entre ellas Médicos del Mundo, la Sociedad Española de Medicina Familiar y Comunitaria (semFYC) y la Federación de Asociaciones en Defensa de la Sanidad Publica (FADSP) y Yo sí sanidad universal.
Las organizaciones firmantes instan al nuevo Gobierno a que en la próxima legislatura corrija las lagunas de desprotección que contiene el Real Decreto 7/2018 y reforme la Ley de extranjería garantizando una verdadera y efectiva universalidad en el acceso al derecho a la salud.

Wednesday, June 05, 2019

Este país apesta a franquismo

Este país apesta a franquismo




Las palabras que dan título a este artículo no son mías. Son de Rafael Chirbes. Las tomo de El Periódico, en la edición de Aragón del 4 de mayo de 2015, en el que se publicó la que acabaría siendo la última entrevista de Rafael Chirbes, que moriría tres meses más tarde. Sus palabras íntegras fueron las siguientes: “Este país apesta a franquismo por todos lados”.
Quienes conozcan la obra de Rafael Chirbes convendrán conmigo en que en este terreno sabía de qué hablaba. Posiblemente no ha habido nadie que haya levantado acta de las huellas del franquismo en la sociedad española de estos últimos cuarenta años como lo ha hecho él.
Si esto es lo que pensaba en 2015, ¿qué no pensaría en este 2017? ¿Qué no pensaría viendo que el Gobierno de España suspende la autonomía de Cataluña y destituye al Govern, con lo que sus miembros dejan de estar aforados, circunstancia que aprovecha inmediatamente la Fiscalía para querellarse contra el expresidente y todos los exconsejeros ante la Audiencia Nacional, una de cuyas juezas de instrucción ha dictado un auto ordenando el ingreso en prisión de todos ellos?
¿Puede haber algo más franquista que el uso que se ha hecho de la Audiencia Nacional en esta operación? La Audiencia Nacional de estas últimas semanas no ha sido la Audiencia Nacional de la democracia, sino el Tribunal de Orden Público del régimen de Franco. La Audiencia Nacional ha dejado de ser el “juez ordinario predeterminado por la ley” para convertirse en un “juez especial”, como era el TOP, que es algo radicalmente incompatible con todo Estado de derecho digno de tal nombre.
Las dudas sobre el encaje de la Audiencia Nacional en la Constitución y en el Convenio Europeo de Derechos Humanos acompañaron a este órgano desde su nacimiento. En un Estado democráticamente constituido solamente debe haber un órgano judicial, cuya jurisdicción se extienda a todo el territorio del Estado, que es el Tribunal Supremo. No debería haber ningún otro. Por esta razón la Audiencia Nacional es una anomalía democrática.
Tal anomalía tuvo que ser justificada por la Comisión Europea en 1986 y por el Tribunal Constitucional en 1987. Ambos la justificaron de la misma manera, la Audiencia Nacional no es “juez natural”, pero si puede ser considerado “juez ordinario predeterminado por la ley”, que es lo que exige el artículo 24 CE. Aunque es cuña de otra madera, se puede salvar su presencia en la planta judicial del Estado español.
Es el único órgano judicial cuya adecuación a la Constitución y al Convenio Europeo ha tenido que ser justificada. No ha ocurrido con ningún otro.
Esta circunstancia es relevante para interpretar en cada caso concreto la condición de “juez ordinario predeterminado por la Ley” de la Audiencia Nacional. Si hay alguna duda, la Audiencia Nacional no puede tener la competencia. La competencia de la Audiencia Nacional para entender de un asunto tiene que ser siempre expresa e inequívoca. Justamente porque su propia existencia es una anomalía democrática. Nunca puede ser portadora de una competencia “implícita”. Tiene las que tiene y punto. No cabe interpretación expansiva de las mismas. Todo lo contrario. Únicamente con esta interpretación la Audiencia puede ser “juez ordinario predeterminado por la ley”.
De no ser así, la Audiencia Nacional deja de ser “juez ordinario”, para convertirse en ”juez especial”, deja de ser la Audiencia Nacional de la Democracia para convertirse en el Tribunal de Orden Público del Régimen de Franco.
Exactamente esto es lo que ha ocurrido en estas últimas semanas. Dejando de lado si las conductas de los presidentes de la Asamblea Nacional de Catalunya y de Òmnium o la del expresident y demás exconsejeros del Govern eran constitutivas o no del delito de rebelión, que ya es mucho dejar, de lo que no cabe duda es de que la Audiencia Nacional no es competente para instruir y juzgar el delito de rebelión.
No es que el delito de rebelión no figure expresamente entre los delitos cuyo conocimiento está atribuido a la Audiencia Nacional, sino que no hay siquiera proximidad entre alguno cuyo conocimiento sí tiene atribuido con el delito de rebelión.
En ningún caso puede ser competente la Audiencia Nacional para instruir y juzgar unas conductas como presuntamente constitutivas del delito de rebelión. Así lo reconoció, además, tajantemente el Pleno de los Magistrados de la Audiencia Nacional (Auto 34/2008, de 2 de diciembre): “el delito de rebelión nunca ha sido competencia de esta Audiencia Nacional”.
Todo esto ha sido desconocido por el fiscal general del Estado al residenciar las querellas en la Audiencia Nacional y por la jueza Lamela al admitirla a trámite, iniciar la instrucción y dictar los autos de medidas cautelares contra los Presidentes de ANC y Òmnium y contra los exconsejeros del Govern. La Audiencia Nacional en estos casos ha dejado de ser “juez ordinario predeterminado por la ley” y se ha convertido en un “juez especial”, en lo que era el TOP bajo el régimen de Franco.
La querella del fiscal general del Estado y los autos de la jueza de Instrucción de la Audiencia Nacional apestan a franquismo. No son actos de administración de justicia de un Estado democrático, sino de persecución política en los que nunca deben participar ni fiscales ni jueces.
La Audiencia Constitucional no está en contradicción con el artículo 24 CE y con el artículo 6 del Convenio Europeo, pero la actuación de la Audiencia Nacional en estos asuntos sí lo está. En el caso de que los autos de la jueza Lamela no sean corregidos por la Sala que entienda de los recursos contra los mismos, los querellados podrían acudir tanto al Tribunal Constitucional como al Tribunal Europeo de Derechos Humanos.
Si los autos no son anulados, el abogado belga del señor Puigdemont va a disponer de un argumento muy fuerte para oponerse a la aplicación de la eurorden que firme la jueza Lamela, a fin de que las autoridades judiciales belgas pongan al señor Puigdemont y los cuatro exconsejeros que están en Bruselas a disposición de la justicia española.
Las querellas del fiscal general y los autos de la jueza de instrucción de la Audiencia Nacional no son atentados contra la Constitución Española exclusivamente sino contra el Estado de derecho en general. Jurídicamente son una salvajada. Y así lo van a entender los tribunales belgas. La Sala de la Audiencia Nacional no debería perderlo de vista.