Hackers e Resistentes
Carlos A. Lungarzo
Em 1968, o líder negro americano caribenho Kwame Ture (1941-1998), mas conhecido como Stokely Carmichael, referiu-se otimistamente às enormes revoltas dos afrodescendentes que colocaram várias cidades do norte dos EEUU à beira do colapso, como reação contra o racismo da sociedade americana. Atribui-se a ele esta frase:
“Os EEUU conseguem matar milhões de vietnamitas porque os atacam desde fora. Mas, nós [negros] estamos dentro de seu país, misturados entre eles, e não podem nos bombardear sem atingir também sua própria gente”.
No momento atual, essa frase de Stok é de crucial importância. As corporações americanas estão tratando de afogar a liberdade que oferece a Internet, secundados por seus mais vermiformes subservientes da América Latina, como os propugnadores de uma lei brasileira chamada por seus inimigos de “AI5 cibernética”, em lembrança do Ato Institucional número 5 da ditadura militar, que cortou absolutamente todas as liberdades.
Mas os resistentes a esta opressão contra a liberdade de informação não podem ser assassinados massivamente como iraquianos e afegãos, pois não estão num único espaço físico e não são diferenciáveis pela cor de pele, nem pelo sotaque nem pelas vestes.
Os revolucionários da Internet estão em todas as partes, como os negros americanos dos anos 60 e, ainda melhor, eles ocupam espaços em diferentes países, podendo formar uma rede de solidariedade como jamais teria sido sonhada há 30 anos.
A idéia de escrever este artigo apareceu em minha mente após ler o post de hoje de Celso Lungaretti sobre o site Megaupload, um texto curto, mas excelente. (Vide)
A Batalha da Internet
Faz tempo que setores de direita das Américas e da Europa querem amordaçar a Internet. As razões são múltiplas. Por um lado, está o argumento de que os internautas que baixam música e filmes para uso pessoal, sem interesse comercial, podem levar à falência as grandes empresas gravadoras e de cinema. Para tocar a sensibilidade pública, os autores deste apelo ainda acrescentam que esses internautas prejudicam os autores, porque estes não recebem direitos quando os clientes “roubam” em vez de comprar.
O respeito pelo autor seria justo em muitos casos, mas acontece que os que mais precisam desses direitos (que são o 99% de autores desconhecidos que não recebem fortunas por seu trabalho), justamente são aqueles ludibriados pelos empresários, que, pelo menos no Brasil, quase nunca pagam sua porcentagem. Eu pessoalmente decidi colocar vários livros meus na Internet (textos sobre lógica, matemática, e o dez vezes editado O Que é Ciência), quando vi que meus direitos de autor por mais de 30.000 exemplares eram furtados pelo grupo familiar que dirige a editora que os publicou.
Mas, há outros motivos para o novo nazismo cibernético. Para o capitalismo, tão importante como o benefício econômico é o poder de controlar opiniões, de censurar, de cercear a propagação das idéias libertárias, de continuar impondo superstições, crendices, slogans, evitando que a população se eduque, pois, pela primeira vez, países como os da América Latina têm uma oportunidade (ainda remota, mas viável) de tornar esclarecidas as massas hoje mantidas na desinformação.
Importante também para o fascismo neoliberal é a formação de um catálogo de possíveis inimigos, de pessoas que denunciam abusos, que propõem uma sociedade mais humana, que defendem perseguidos, etc. O pretexto de cuidar os direitos de autor e de evitar os roubos informáticos de bancos (sic!) foi usado pela máfia Brasileira da “AI5 cibernética” para justificar a identificação de todos aqueles que entrem na Internet. Isto seria o maior elenco de possíveis vítimas que nem a Inquisição, nem o Nazismo, nem o Macartismo, se tivessem podido trabalhar juntos, jamais poderiam ter obtido.
As campanhas pela Internet não penetram ainda em todos os meios, porque modificar o paradigma de comunicação talvez não seja possível em duas gerações, mas elas têm-se mostrado poderosos aliados das causas nobres. A defesa dos direitos humanos, da ecologia, dos direitos dos animais, do pacifismo, do antirracismo, do antifascismo, do combate contra o estado policial/militar, etc., são hoje objetivos mais visíveis do que eram 10 anos antes.
Por sua vez, as causas mais sujas, como o racismo, o belicismo, o ódio, etc., não se beneficiam tanto da Internet, embora devamos colocar atenção nos perigos deste fenômeno, e exigir do Ministério Público que se tomem as medidas já previstas em lei contra mensagens de ódio.
A Internet não é tão útil à direita, porque, por um lado, ela dispõe da mídia convencional, muito mais clássica e contundente, que entra em todos os lares e só precisa a vocação do público de se intoxicar passivamente. Mas, por outro lado, embora a WWW faça possível que pessoas desconhecidas e sem nenhum poder social divulguem seu pensamento, não fabricam o pensamento, pois este deve ser fornecido pelo usuário. Então, a direita, órfãa de pensamentos coerentes, fica esperando que a própria Internet fabrique suas matérias.
Um fato muito evidente durante a luta pela nãoextradição do escritor italiano Cesare Battisti, foi que, embora os blogues de ódio se multiplicassem e se enchessem de palavrões e pieguices demenciais, a maioria deles apenas era lida pelos que já pensavam daquele jeito e simplesmente encontravam nesse lixo um espelho para suas próprias taras.
Era como masturbar-se vendo a própria imagem, o que, para sermos justo, só vale se a pessoa se considera atraente para si mesma. Como alguns desses fascistas tinham certa autocrítica, decidiram abdicar desta contemplação e poucas vezes entraram naqueles sites infetos.
Por causa da possibilidade (ainda incerta) de que o Congresso americano aprove duas leis de policiamento de Internet (SOPA e PIPA), vários sites importantes, dos quais o mais gigantesco é o da Wikipedia, decidiram um “apagão” durante o 18/01, como protesto contra o que poderia ser, se aprovado, o maior projeto mordaça na Internet.
Mas, com ou sem SOPAS e PIPAS, o FBI continuou sua provocação, fechando o valioso portal de Megaupload, e prendendo quatro de seus coordenadores.
A resposta dos resistentes da Internet não se fez esperar (vide). Um grupo autodenominado Anonymous(vide) se atribuiu a desconexão de sites do Ministério da Justiça, do FBI e de empresas de Copyright dos EEUU, numa ação de envergadura ainda nunca vista no ciberespaço, que atingiu redutos considerados inexpugnáveis e, segundo foi difundido pelos autores, mobilizou mais de 5.300 voluntários.
O sistema defensivo dava a oportunidade de colaborar a pessoas que não teriam o know how e talvez tampouco desejassem assumir o risco de agir diretamente: Anonymous exportou livremente links que podiam ser voluntariamente clicados (se quisessem), por aqueles que os recebiam, colocando o fluxo de sua máquina na corrente de ação contra os servidores dos algozes.
É bem sabido que a Internet reúne o maior conjunto de voluntários por causas nobres, entre os que se contam excelentes especialistas em informática, capazes de responder com eficiência ao fogo destrutivo disparado por instituições cujo poder financeiro e operacional é infinitamente maior.
Este assunto merece um esclarecimento. Para a maioria da população, um profissional da computação é identificado com um jovem que gastou a totalidade de seu salário com as mensalidades de uma faculdade de centésima categoria, para obter um diploma que lhe permite fazer alguns ajustes num sistema operacional, desenvolver um softwareadministrativo, e reproduzir, por exemplo, um pacote para espionar os moradores de num prédio. Estes jovens estão a soldo de empresas de todos os tamanhos que lhes pagam apenas o suficiente para que se sintam sábios e importantes.
Mas, muitas pessoas ignoram que há milhares de jovens esclarecidos, apaixonados não pelo aspecto nerd da computação, mas pelas grandes possibilidades que a informação oferece para melhorar nosso planeta, e que atuam, seja em grupo, seja individualmente, como antídotos contra a poluição mental disparada desde os grandes provedores das empresas de telecomunicações.
Um fenômeno como Wikileaks não poderia ter surgido de um grupo de yuppies interessados em desenvolver “shells” para bancos, ou sistemas de tempo real para o exército americano (que, dito seja de passagem, de vez em quando falham e acabam gerando “fogo amigo”). Tampouco são matemáticos ou computólogos que vendem pacotes financeiros de eficiência inverificável a investidores inescrupulosos e ignorantes (mas com muito dinheiro).
Wikileaks surgiu de um grupo de intelectuais, cientistas, jornalistas e, especialmente, ativistas de direitos humanos, ecológicos e da informação, de muitos países diferentes. Entre eles há grandes experts em computação, alguns dos fundadores do Fórum Social Mundial, dissidentes chineses e de outras ditaduras, etc., todos os quais (cerca de 2000) são voluntários. Eles entraram na organização não por hobby, mas seriamente preocupados pela falta de liberdade e direitos no planeta. A organização não cultua nenhum sectarismo e deixa conhecer o material que obtém (preservando a fonte) a algumas agências e órgãos da mídia (a minoria séria e bem intencionada), que respeita a liberdade de opinião. (Para mais detalhes, vide)
A importância de Wikileaks foi diminuída com azedo despeito por alguns jornalistas brasileiros que disseram que “não havia nada de novo” naquelas propostas da nova ONG. Mas seus patrões americanos, geralmente melhor informados, não participam deste ufanismo. Não é por acaso que durante anos Julian Assange é perseguido pelos EEUU, em cumplicidade com parte de judiciário sueco e dos tribunais britânicos, e que membros do partido Republicano dos EEUU tem proposto a pena de morte para ele.
Nenhum é tão importante como Wikileaks, mas há outros grupos de defensores da liberdade na Internet que trabalham ativamente. Não só é necessária a existência de grupos que podem difundir abundante informação confidencial, mas também grupos de ação que preparam os contra ataques contra governos e empresas que tentam matar essa liberdade.
Como os grupos de direitos humanos (os autênticos), as organizações Verdes, os partidos Piratas (iniciados na Suécia), as ONGs pelas liberdades sexuais, pela defensa das crianças e das mulheres, os grupos antirracistas e outros, estes resistentes da Internet fazem parte de uma esquerda humanista muito diferente dos velhos partidos.
O Que é um Hacker?
O termo hacker foi demonizado pelo sistema capitalista e seus ideólogos e usado como desqualificação, da mesma maneira em que palavras como subversivo e terrorista são aplicados a qualquer que luta contra a opressão social ou, ainda, contra quem se manifesta contra ela, mesmo sem fazer nenhum ato físico.
De acordo com o dicionário da gíria hacker, um hacker é alguém interessado em computação que tenta explorar ao máximo as possibilidades dos sistemas programáveis, analisando de maneira profunda sua estrutura, em oposição à atitude mais comum na maioria dos usuários, que é conhecer o indispensável.
Veja uma excelente e objetiva descrição do projetohacker aqui.
Os hackers fazem parte de uma subcultura do mundo da informação, e geralmente se identificam com:
: A liberdade de expressão, de informação, de distribuição do conhecimento e de acesso às fontes.
: A defesa de privacidade dos que fornecem informação, mantendo se sigilo, caso estes entendam que podem sofrer retaliação.
: A transparência de todos os atos públicos, e a cobrança dessa transparência dos poderes estabelecidos.
: O combate à comercialização do conhecimento, a censura, e ao patenteamento do conhecimento científico e natural.
: A unidade dos que defendem a informação e aaquisição de consciência através do contato internacional contínuo, considerando desprezíveis barreiras políticas, fronteiras nacionais, e outros artifícios criados por interesses políticos, econômicos, militares e religiosos.
Entre os grandes movimentos hackers estão aqueles que criaram o software livre, algo que o Brasil se recusou a adotar, preferindo as engenhocas da Microsoft, cuja compra foi mais lucrativa para os funcionários encomendados para realiza-la.
Linus (Luis Benedito) Torvalds, grande pesquisador nórdico, inventor de uma versão flexível de linguagem Unix (o LINUX) é um dois hackers mais conhecidos.
Legítima Defesa
Parece justo na maioria dos casos que, se alguém está mirando em tua direção para te matar e você tiver a oportunidade, possua o direito de se defender, mesmo se a defesa for letal para o atacante. Mas, como qualquer ação letal é desagradável, se você for atacado, pelo menos tem o claro direito de destruir a arma de seu inimigo, caso tenha suficiente pontaria e rapidez (como sabem os que assistiram muito faroeste na infância onde o mocinho faz estourar o Colt do bandido).
Na guerra internética, a questão é ainda mais clara. Se alguém esmaga teu direito à informação, à educação, ao desenvolvimento da tua inteligência, você tem todo o direito de destruir a arma com a qual se consuma esse ataque. E, melhor ainda, neste caso você sabe que não matará nem ferirá ninguém. Apenas fará cair os lucros desaforados dos representantes do fascismo de mercado. E, se seu exemplo se disseminar, talvez dentro de algumas gerações se consiga derrotar totalmente o monopólio capitalista da informação, e se tenha uma verdadeira sociedade da informação, que é o oposto exato do processo de “poluição de cérebro” (quem disse “lavagem”?) que faz a mídia.
Para acabar com a resistência internética, os recursos dos empresários e seus aliados políticos e militares são insuficientes, porque não há maneira de comprar as mentes mais autênticas (que são muitas mais do que os feitores capitalistas acreditam). Eles investem bilhões em estruturar a Inteligência Artificial e conseguem alguns triunfos, mas isso é insuficiente, porque se precisa também a inteligência natural e a sensibilidade biológica. É verdade que essa inteligência pode resolver muitos problemas trilhões de vezes mais rápido que o mais talentoso dos humanos, mas os problemas resolvidos são sempre os que não requerem de criatividade. O caso mais conhecido para o grande público, que causa sempre confusão, é o do xadrez.
Hoje ninguém pode ser tão desafiante como David Levy, o enxadrista que, em 1978, pensava que poderia vencer qualquer computador futuro. Muitos antes disso, em 1913, o matemático alemão Ernst Zermelo provou que jogos como o xadrez são algorítmicos, de modo que o jogador que começa o jogo (caso nunca cometesse um erro, e excluindo a possibilidade de empate), deveria ser o primeiro em dar mate. (Uma versão deliciosamente simples e elegante para público no profissional do teorema de Zermelo pode ver-seaqui).
Para construir uma máquina invencível pelo homem, o problema é conseguir a velocidade suficiente para cumprir os tempos oficiais (que o jogador humano pode aproveitar melhor por sua capacidade intuitiva), o que requer, no final da linha de produção, um planejamento que só pode ser feito por uma inteligência humana. Essa máquina talvez já esteja sendo construída, pois desde a Deep Blue (o supercomputador IBM que jogou contra Garry Kasparov em 1998), os progressos têm sido rápidos e frenéticos.
Além do xadrez, os computadores podem vencer os humanos em muitos aspectos. Isto, às vezes apresentado como grande descoberta por charlatões e escritores de (pseudo) ciência ficção, não é nenhuma novidade. Já os babilônicos descobriram que as máquinas podem ser superiores ao homem em muitos aspectos... como lançar projéteis, por exemplo.
Mas, em qualquer paradigma viável de Inteligência Artificial, um robô não pode ter iniciativa. Quando isto for possível (se for), como nos romances de Asimov, será porque teremos dado um salto qualitativo e aí haverá um novo conceito de ser humano. Mas, estes novos humanos também terão sensibilidade e, embora feitos de chips e não de neurônios, também se revoltarão contra seus tiranos como os “humanos convencionais” fazem. Por sinal, Asimov não mostra a possibilidade de um mundo de homens mecanizados, mas de máquinas humanizadas...
A inteligência não é garantia de honestidade nem de bons propósitos. Como contraexemplo está o terceiro maior cientista do século 20 (Werner Heisenberg), que fora partidário do nazismo. O dogma de que a virtude e o saber vão juntos é uma herança platônica, sacralizada por Santo Tomás. Talvez ele tenha inventado esse slogan para consolar-se pela falta de neurônios nas cabeças de seus colegas de devoção.
Mas, a inteligência global de um sujeito não deve ser confundida como a capacidade específica para um tipo de ação que requer uma rotina ou uma forma parcializada de concentração mental (como tem o cientista ultra especializado, o jogador de xadrez ou aqueles agentes de CIA que conseguem decorar mais de mil números de telefone).
Estou pensando na inteligência total, aquela que permite discernir a verdadeira estrutura da realidade, incluindo, é claro, a realidade social com suas relações de dominação e resistência. Esse tipo de inteligência conduz, inevitavelmente, a entender que qualquer forma de dominação por classe ou corporações é desumana, e se existem algumas mentes brilhantes que se vendem ao sistema, isso acontece porque a sensibilidade e a inteligência do sujeito é derrotada por sua própria ambição.
Mas, a experiência mostra que há grande quantidade de pessoas realmente inteligentes que não vendem seus neurônios ao capitalismo e que encontram sua verdadeira satisfação em se proclamar livres.
Casos de grandes talentos, como os do grupo Manhattan, que colocaram sua inteligência ao serviço da barbárie militar ou policial, são exceções. Como todos sabem, Einstein se arrependeu de ter sido apenas um peão no tabuleiro do Pentágono, e justificou sua colaboração com os militares (aos que dedicou numerosas amostras de desprezo em suas obras sociológicas) por causa de seu terror ao nazismo.
É verdade que há numerosos matemáticos e físicos que trabalham em projetos dos exércitos ou das políticas, mas eles são quase sempre mentes doentias, ou então, medíocres tecnocratas sem nenhuma criatividade que encontram em seus patrões não apenas dinheiro, mas um reconhecimento que nunca teriam na comunidade científica. Não é por acaso que a história registre com detalhe os grandes cientistas que se entregaram, por dinheiro, vaidade ou fanatismo, a projetos destrutivos. Eles podem ser lembrados porque são poucos. Entretanto, se fizermos uma lista dos grandes cientistas italianos do século 20, veríamos que mais de 80% eram de esquerda.
O caso de Brasil é bem claro: os grandes físicos brasileiros, como Mário Schemberg, Leite Lopes e muitos outros, foram devotados ativistas pelo socialismo e os direitos humanos e sofreram a maníaca perseguição das casernas, enquanto os postos científicos nas áreas bélicas e repressivas foram cobertos por tecnocratas inexpressivos, que galgaram secretarias, reitorias e empregos de dedos duros. Por sinal, a dispersão e aniquilamento desses talentos por militares e fascistas (incluindo o Estado Novo), explica por que o Brasil nunca teve um prêmio Nobel, apesar de enorme excelência destes pesquisadores. Em síntese: cientistas mercenários há muitos, mas os de grande talento são poucos. Os mais talentosos são quase todos progressistas, e eles são os que criam ferramentas de defesa contra a ofensiva tecnológica da direita.
Estas considerações otimistas não impedem de pensar que as elites podem acabar ou cercear a liberdade na Internet. Eles não têm a racionalidade, mas têm abundante força bruta.
Mas o preço para fazer isto deveria ser muito alto. Se fosse instalado um sistema de censura rígida como em ditaduras truculentas, tipo China ou Irã, com certeza mesmo os setores de centro-direita se oporiam. O caso de Cuba mostra que um sistema medianamente autoritário, que possua alguns limites, não pode impedir a sobrevivência, mesmo dura, de alguns blogueiros independentes. Precisa-se de uma violência ainda maior para calar qualquer resistência.
Portanto, os que tenham condições ou vocação pela informática e estejam dispostos a ajudar a construir um mundo melhor, o melhor que podem fazer é juntar-se aos hackers da resistência, porque, ao combater com os métodos de controle e repressão das empresas de comunicações e seus governos títeres, farão possível a difusão de comunicação e, portanto, da consciência.
Em alguns anos, o mundo terá vários milhões de hackers, e cada vez o sistema terá mais dificuldade em combatê-los. É uma alternativa duríssima, mas vale o risco: o mundo oscila entre voltar à repressão feroz do nazismo, mas agora muito mais letal, e a possibilidade de tornar-se uma grande comunidade humanitária.
Los hackers y robusto
Carlos A. Lungarzo
En 1968, el negro americano líder Kwame Ture el Caribe (1,941 a 1,998), más conocido como Stokely Carmichael , habló con optimismo de los trastornos enorme cantidad de descendientes de africanos que han puesto varias ciudades del norte de los EE.UU. al borde del colapso, como una reacción contra el racismo de La sociedad americana. Le asigna la frase:
"Los EE.UU. pueden matar a millones de vietnamitas porque el ataque desde el exterior. Pero nosotros [los negros] son dentro de su país, mezclados entre sí y no pueden bombardearnos sin llegar también a su propia gente. "
Por el momento, esta Stok declaración es de vital importancia. Las empresas estadounidenses están tratando de ahogar la libertad que ofrece Internet, respaldado por su gusano más servil en América Latina, como los defensores de una ley brasileña llamada por sus enemigos "EA5 cibernética", en memoria de los Acto Institucional Número 5 de la dictadura militares, que se cortan bastante todas las libertades.
Sin embargo, la resistencia a la opresión contra la libertad de información no puede ser asesinados en masa de iraquíes y afganos, ya que no se encuentran en un espacio físico único y no se distinguen por el color de la piel, acento o no por la ropa.
Los revolucionarios de la Internet están por todas partes, como los afro-americanos de 60 años y, mejor aún, que ocupan espacios en los diferentes países pueden formar una red de solidaridad como nunca han soñado, de 30 años.
La idea de escribir este artículo apareció en mi mente después de la lectura de hoy después de Lungaretta Celsoen el sitio de Megaupload , un texto corto, pero excelente. (Ver )
La batalla de Internet
Largo tiempo sectores de derecha de las Américas y Europa quieren amordazar a la Internet. Las razones son múltiples. Por un lado está el argumento de que los usuarios de Internet que descargan música y películas para uso personal, sin interés comercial, puede quebrar las discográficas grandes y el cine. Para reproducir la opinión pública, los autores añaden que este recurso, sin perjuicio de la Internet en estos autores, ya que no reciben regalías cuando los clientes "robar" en lugar de comprar.
El respeto por el autor sería justo, en muchos casos, pero sucede que aquellos que más necesitan estos derechos (que son el 99% de autores desconocidos y no reciben fortunas por su trabajo), así engañados por los empresarios son los que, al menos en Brasil casi nunca paga su porcentaje. Personalmente, decidí poner mi varios libros en Internet (textos en la lógica, las matemáticas, y publicado diez veces lo que la ciencia es ) cuando vi que mis derechos de autor de más de 30.000 copias fueron robadas por el grupo que dirige la editorial que publicó la familia .
Pero hay otras razones para la nueva Cyber-nazis. Para el capitalismo tan importante como el beneficio económico es la capacidad de control de revisiones, para censurar, para frenar la propagación de las ideas libertarias, para seguir imponiendo las supersticiones, las creencias, las consignas, la prevención de la población de la escuela, porque por primera vez, países como los de América Latina tienen la oportunidad (aunque sea a distancia, pero es posible) para hacer que las masas hoy en día mantenerse informados de la desinformación.
También es importante el fascismo neo-liberal es la formación de un menú de posibles enemigos, personas que denuncian el abuso, que proponen una sociedad más humana, la defensa de perseguidos, etc. El pretexto de cuidar a los derechos de autor y evitar el robo de bancos ordenador (sic) fue utilizado por la mafia brasileña "EA5 cibernética" para justificar la identificación de los que entran en la Internet. Esta sería la mayor reparto de las posibles víctimas que ni la Inquisición ni el nazismo, el macartismo ni habían sido capaces de trabajar juntos, nunca podría haber obtenido.
Las campañas no penetran hasta la Internet en todos los medios de comunicación, porque al cambiar el paradigma de la comunicación no puede ser posible en dos generaciones, pero que han demostrado ser poderosos aliados de las causas nobles. La defensa de los derechos humanos, ecología, derechos de los animales, el pacifismo, el antirracismo, antifascismo, la lucha contra el estado policial / asuntos militares., Los objetivos son ahora más visibles de lo que eran hace 10 años.
A su vez, provoca más sucios, como el racismo, el militarismo, el odio, etc., No se benefician mucho de la Internet, a pesar de que poner la atención sobre los peligros de este fenómeno, y para exigir al Fiscal a adoptar las medidas ya previstas en la ley contra los mensajes de odio.
El Internet no es tan útil a la derecha, porque por un lado, se ha los medios de comunicación, mucho más clásico y llamativo, que entra en cada casa y sólo tiene la vocación de estupefacientes pública pasiva. Pero por otro lado, a pesar de la WWW hace posible que personas desconocidas sin poder social para divulgar su pensamiento, no hacen que el pensamiento , ya que este debe ser suministrada por el usuario. Por lo tanto, a la derecha, huérfana de pensamiento coherente, es la esperanza de que la propia Internet la fabricación de sus historias.
Un hecho más evidente durante la lucha por la noextradición del escritor italiano Cesare Battisti, fue que mientras los blogs odio a multiplicarse y estar lleno de improperios y la demencia papilla, la mayoría de ellos fueron leídos sólo por aquellos que ya pensaban de esa manera y simplemente esta basura un espejo de sus propios defectos.
Era como masturbarse viendo la imagen en sí misma, que, para ser justos, sólo cuenta si la persona es considerada atractiva para sí misma. Como algunos de estos fascistas de algunas críticas, decidió dar esa mirada, y rara vez entró en los sitios infectados.
Debido a la posibilidad (aún incierta) de que el Congreso aprobó dos leyes de policía de Internet (SOPA y PIPA), varios sitios importantes, la gigantesca mayoría de los cuales es la Wikipedia , que decidió un "apagón" durante el 18/01 como una protesta contra lo que podría ser, si es aprobado, el chiste más grande proyecto en Internet.
Pero con o sin Sopas y cometas, el FBI continúa sus provocaciones, el cierre de la valiosa portal Megaupload , y la celebración de cuatro de sus ingenieros.
La respuesta de la resistencia de la Internet no pasó mucho tiempo ( ver ). Un grupo autodenominadoAnonymous ( ver ) se atribuyó a la desconexión de los sitios del Ministerio de Justicia, el FBI y las compañías deDerechos de Autor de los EE.UU., en un acto de escala sin precedentes, incluso en el ciberespacio, que llegó a considerar las fortalezas inexpugnables, y el segundo fue transmitido por los autores movilizó a más de 5.300 voluntarios.
El sistema defensivo dio la oportunidad de trabajar para la gente que no tiene la experiencia y tal vez no quería correr el riesgo de actuar directamente: Anónimo exportar libremente los vínculos que podrían ser voluntariamente clic (si lo desea), para aquellos que las recibieron, poniendo el flujo el equipo en la cadena de acción contra los autores de los servidores.
Es bien sabido que Internet reúne el mayor número de voluntarios para las buenas causas, entre los que tienen un excelente equipo de expertos, capaces de responder eficientemente a las fuego destructivo provocado por las instituciones financieras cuyo poder es infinitamente más grande y operativa.
Este punto merece una aclaración. Para la mayoría de la gente, un profesional equipo se identifica con un joven que pasó su salario mensual completo a la centésima parte de una clase universitaria, para obtener un diploma que le permite hacer algunos ajustes en el sistema operativo, el desarrollo de un software administrativo y el juego, por ejemplo, un paquete para espiar a los residentes de un edificio. Estos jóvenes están en la nómina de las empresas de todos los tamaños que les pagan lo suficiente para hacer que se sientan importantes y sabios.
Pero muchas personas no saben que hay miles de jóvenes ilustrados, no en el amor mirando nerd de la computación, pero las grandes posibilidades que ofrece información para mejorar nuestro planeta, y de actuar, ya sea en grupos o individualmente, como antídotos contra la contaminación ambiental despedida de los grandes proveedores de empresas de telecomunicaciones.
Un fenómeno como Wikileaks no podría haber venido de un grupo de yuppies interesados en el desarrollo de "conchas "para los bancos, o de sistemas de tiempo real para el Ejército de EE.UU. (que es dicho sea de paso, de vez en cuando fallan y acaban generando" fuego amigo ").Tampoco lo son los paquetes de matemáticas o financieras que venden eficiencia Informático inversores no verificables sin escrúpulos e ignorantes (pero con un montón de dinero).
Wikileaks provino de un grupo de intelectuales, científicos, periodistas y activistas de derechos humanos, especialmente, medioambientales y de información de muchos países diferentes. Entre ellos hay grandes expertosen informática, algunos de los fundadores del Foro Social Mundial , los disidentes chinos y otras dictaduras, etc., todos los cuales (alrededor de 2000) son voluntarios.Entraron en la organización, no por afición , pero profundamente preocupado por la falta de libertad y los derechos en el planeta. La organización no adorar a cualquier sectarismo y le permite llegar a conocer el material (la preservación de la fuente) a unas pocas agencias y medios de comunicación (la minoría serios y bien intencionados), que respeta la libertad de opinión. ( Para más detalles, ver )
La importancia de Wikileaks se redujo a pesar de la agria con algunos periodistas brasileños, que dijo que no había "nada nuevo" en estas nuevas propuestas de las ONG.Pero sus jefes estadounidenses no, por lo general mejor informados, participar en este sobrecrecimiento. No es casualidad que desde hace años Assange es perseguido por los EE.UU., en complicidad con la parte legal de los tribunales suecos y británicos, y miembros del Partido Republicano de EE.UU. ha propuesto la pena de muerte para él.
Ninguno es tan importante como Wikileaks, pero hay otros grupos de luchadores por la libertad que trabajan activamente en Internet. No sólo es necesario tener un montón de grupos que pueden difundir la información confidencial, sino también grupos de apoyo que preparan ataques contra los gobiernos y las empresas que tratan de matar a esta libertad.
Como grupos de derechos humanos (auténtico), las organizaciones verdes, Piratas partes (se inició en Suecia), las organizaciones no gubernamentales la libertad sexual, la defensa de los niños y las mujeres, los grupos anti-racistas y demás, estas Internet duro parte de un ser humano dejó muy diferente de los viejos partidos.
¿Qué es un hacker?
El término hacker de ha sido demonizado por el sistema capitalista y sus ideólogos y se utiliza como una descalificación de la misma manera que las palabras comosubversivas y terroristas se aplican a todo el que lucha contra la opresión social, o incluso contra los que hablaron en contra de ella, incluso sin cualquier acto físico.
Según el diccionario de la jerga pirata , un pirata es alguien interesado en la informática que trata de maximizar las posibilidades de los sistemas programables, analizando profundamente su estructura, a diferencia de la actitud común a la mayoría de los usuarios, es esencial conocer la .
Ver una excelente descripción del proyecto y el objetivode hackers aquí .
Los hackers son parte de una subcultura en el mundo de la información, y por lo general se identifican con:
: Libertad de expresión , información, distribución del conocimiento y el acceso a las fuentes.
: La defensa de la privacidad de las personas que proporcionan información, manteniendo en secreto, si se puede entender que las represalias.
: La transparencia de los actos públicos, y la imposición de la transparencia de los poderes establecidos.
: La lucha contra la comercialización del conocimiento, la censura , y el patentamiento del conocimiento científico y natural.
: La unidad de abogar por que la información y la adquisición de la conciencia a través de los contactos internacionales en curso, teniendo en cuenta insignificantes barreras políticas, las fronteras nacionales, y otros artefactos creados por políticos, económicos, militares y religiosos.
Entre los grandes movimientos de los piratas informáticos son los que crearon el software libre , algo que Brasil se negó a adoptar, y prefieren los gadgets de Microsoft, cuya compra era más lucrativo para los empleados de la orden de llevarlo a cabo.
Linus (Luis Benito) Torvalds, investigador nórdico grande, inventor de una versión flexible de Unix (Linux) es un dos más conocidos hackers.
Defensa propia
Parece justo en la mayoría de los casos, si alguien está mirando hacia usted a matar y usted tiene la oportunidad, tienen el derecho a defenderse, incluso si la defensa es letal para el atacante. Pero como cualquier acción letal es desagradable, si te atacan, por lo menos tiene el claro derecho a destruir el arma de tu enemigo, si tiene la suficiente precisión y la velocidad (como usted sabe cualquiera que haya visto muchos faros en la infancia, donde el bueno está llena Bandido Colt).
En la guerra de Internet, la cuestión es aún más claro.Si alguien golpea a su derecho a la información, la educación, el desarrollo de su inteligencia, tiene todo el derecho de destruir el arma con la que consume este atentado. Y mejor aún, si usted sabe que esto no va a matar o herir a nadie. Beneficios sólo se reducirá en los representantes de los abusivos fascismo de mercado . Y si su propagación ejemplo, tal vez en unas pocas generaciones para poder derrotar completamente el monopolio capitalista de la información, y tiene una sociedad de la información verdadera , que es exactamente lo contrario del proceso de "contaminación del cerebro" (que dijo que "el lavado ? ") que hace que los medios de comunicación.
Para romper la resistencia de internet, los recursos de los empresarios y sus aliados políticos y militares no es suficiente porque no hay manera de comprar las mentes más auténticos (que son muchos más que los fabricantes creen capitalista). Se invierten miles de millones en la estructuración de la AI y obtener algunas victorias, pero esto no es suficiente, ya que también necesita la inteligencia y la sensibilidad biológica natural. Es cierto que esta inteligencia puede resolver muchos billones de veces más rápido que la gente más talentosa, pero los problemas resueltos son siempre aquellos que no requieren de la creatividad . El más conocido para el público en general, que siempre causa confusión, es el de ajedrez .
Hoy en día nadie puede ser tan difícil como David Levy, el jugador de ajedrez que, en 1978, pensaba que podía ganar cualquier equipo en el futuro. Muchos antes de que en 1913 el matemático alemán Ernst Zermelo demostró que juegos como el ajedrez son algorítmicos, por lo que el jugador que inicia el juego (si no ha cometido un error, y excluyendo la posibilidad de un empate), deben ser los primeros en para aparearse. (Una versión deliciosamente simple y elegante para el público profesional teorema de Zermelo se puede ver aquí ).
Para construir una invencible hombre-máquina, el problema está suficientemente rápido como para cumplir con los tiempos oficiales (el jugador humano puede obtener más por su capacidad intuitiva), que requiere, al final de la línea de producción, un plan que sólo puede ser realizado por un inteligencia humana. Esta máquina puede estar ya en construcción, ya que desde el Deep Blue (la supercomputadora de IBM que jugó contra Garry Kasparoven 1998), el progreso ha sido rápido y frenético.
Además de las computadoras de ajedrez puede vencer a los seres humanos de muchas maneras. Esto a veces se presenta como un gran avance por los charlatanes y los escritores de ciencia ficción (pseudo) no es nada nuevo.Dado que los babilonios encontraron que las máquinas pueden ser superiores al hombre en muchos sentidos ... la forma de lanzar proyectiles, por ejemplo.
Pero en cualquier paradigma viable AI , un robot no puede tomar la iniciativa. Aunque esto es posible (si), como en las novelas de Asimov, será porque habremos dado un salto cualitativo y entonces habrá un nuevo concepto de ser humano . Pero también tienen sensibilidad humana nueva, y que esté compuesto de fichas y no las neuronas, también se rebelan contra sus tiranos como "convencionales humanos" hacer. Por cierto, Asimov no muestran la posibilidad de un mundo mecanizado de los hombres, pero máquinas humanizadas ...
La inteligencia no es garantía de honestidad y buenas intenciones. Como contraejemplo es el científico más grande tercio del siglo 20 (Werner Heisenberg), que era un partidario del nazismo. El dogma de que la virtud y el conocimiento van de la mano es una herencia platónica, consagrado por Santo Tomás. Tal vez él hizo este lema para consolarse de la falta de neuronas en las cabezas de sus colegas de la devoción.
Pero la inteligencia general de un tema que no debe confundirse con la posibilidad de que un tipo específico de acción que requiere de una rutina o una forma de concentración mental, estar sesgados (como el científico ha jugador de ajedrez ultra-especializados o los agentes de la CIA puede decorar más de mil números de teléfono).
Estoy pensando en la inteligencia total de una, que nos permite discernir la verdadera estructura de la realidad, incluyendo, por supuesto, la realidad social con sus relaciones de dominación y resistencia. Este tipo de cables de inteligencia, inevitablemente, a entender de que cualquier forma de dominación de clase o de las corporaciones es inhumano, y hay algunas mentes brillantes que se venden con el sistema, es porque la sensibilidad y la inteligencia del sujeto es derrotado por su propia ambición.
Pero la experiencia demuestra que hay un montón de gente muy inteligente que no venden sus neuronas al capitalismo y al encontrar su verdadera satisfacción en la proclamación de forma gratuita.
Los casos de grandes talentos, como el grupo Manhattan, que puso su inteligencia al servicio de la barbarie militar o policial, hay excepciones. Como todos saben, Einstein lamentó que era sólo un peón en el tablero del Pentágono, y justificó su colaboración con los militares (a los que dedicó numerosas muestras de desprecio en su obra sociológica) a causa de su terror del nazismo.
Es cierto que muchos matemáticos y físicos que trabajan en proyectos o políticas de los ejércitos, pero casi siempre son mentes enfermas, o bien los tecnócratas pobres que no tienen creatividad para encontrar a sus jefes el dinero no sólo, sino el reconocimiento de que nunca tendría la la comunidad científica. No es casualidad que la historia en detalle los grandes científicos que se han entregado, para proyectos de dinero, la vanidad, o el fanatismo, destructiva. Pueden ser recordado porque son pocos . Sin embargo, haciendo una lista de grandes científicos italianos del siglo 20, veríamos más del 80% se quedaron.
El caso de Brasil es muy clara: los grandes físicos de Brasil, al igual que Mario Schemberg, Leite Lopes y muchos otros, se dedicaron los defensores del socialismo y los derechos humanos y sufrió una búsqueda maníaca de los cuarteles, mientras que los puestos científicos en las áreas de guerra y la represión se impresionante cubierta por tecnócratas que han llegado a los departamentos, decanos y el empleo de los dedos duros. Por cierto, la dispersión y la aniquilación de estos talentos por los militares y fascistas (incluido el Estado Nuevo), explica por qué Brasil no ha tenido nunca un Premio Nobel, a pesar de gran excelencia de los investigadores. En resumen: hay muchos científicos mercenarios, pero el talento pocas. Los más talentosos son casi todos los progresistas, y que son las herramientas que crea una defensa contra la ofensiva de la tecnología adecuada.
Estas consideraciones optimistas no les impide pensar que las élites pueden detener o restringir la libertad en Internet. Que no son racionales, pero tienen un montón de fuerza bruta.
Pero el precio para hacer esto debe ser muy alta. Si se instaló un sistema de estricta censura en las dictaduras y beligerante, como China o Irán, sin duda, incluso los sectores de centro-derecha se oponen. El caso de Cuba demuestra que un sistema moderadamente autoritario, que tiene unos límites, no puede impedir la supervivencia, incluso duras, algunos bloggers independientes. Se necesita una mayor violencia para reprimir cualquier resistencia.
Por lo tanto, las condiciones que tienen o vocación por la computadora y están dispuestos a ayudar a construir un mundo mejor, lo mejor que pueden hacer es unirse a la resistencia a los piratas informáticos, ya que los métodos de combate de control y represión de las compañías de comunicaciones y sus gobiernos títeres, para hacer posible la difusión de la comunicación y por lo tanto de la conciencia.
En algunos años, el mundo tendrá varios millones de hackers, y cada vez que el sistema será más difícil luchar contra ellos. Es una elección muy difícil, pero vale la pena el riesgo: el mundo está entre volver a la feroz represión de los nazis, pero ahora mucho más letal, y la posibilidad de convertirse en una comunidad humanitaria.