Tuesday, March 31, 2020

La mítica revista underground ‘Ajoblanco’ digitaliza y libera todos los números de su primera época (1974-1980)

La mítica revista underground ‘Ajoblanco’ digitaliza y libera todos los números de su primera época (1974-1980) | Tam-Tam Press



por Eloisa Otero

Portadas de los primeros números de Ajoblanco. Haz un click…
La veterana y emblemática revista que fundó en Barcelona José Ribás, y que fue capaz de aglutinar a los artífices de la contracultura española, ha liberado en formato digital, a través de su página web oficial, todos los ejemplares de su primera época, los publicados de octubre de 1974 a mayo de 1980.
Se trata de 56 números ordinarios y el número 0, a los que se irán sumando los 20 extras publicados en la década de los 70 con la idea de “refrescar la memoria de quienes vivimos esos años y para invitar a los más jóvenes a comprender qué fue la contracultura mediterránea, el underground, las culturas alternativas y los movimientos marginales” de esa década.
Ajoblanco fue una revista independiente y libertaria. “Fuimos pioneros en la contracultura, la ecología, el decrecimiento, la reivindicación del arte en la calle y la recuperación de las fiestas populares sin corsés”, reivindica Pepe Ribas, fundador de la revista.
Ajoblanco fue desde el inicio un divulgador “de la sexualidad libre, la ecología, el feminismo, la antipsiquiatría, los movimientos de liberación homosexual, las comunas, la ocupación, el antimilitarismo, los nuevos formatos cinematográficos, las radios libres, el viaje, las drogas, la nueva poesía y las nuevas formas de vida y de activismo”.
En los próximos meses se liberarán además los ejemplares de la segunda etapa de la revista, los que se lanzaron entre 1987 y el año 2000.
En 2017, tras 17 años de ausencia, la revista regresó a los kioscos con carácter cuatrimestral.

→ Las revistas de Ajoblanco desde 1974(para leer y/o descargar)

Monday, March 30, 2020

Pandemia e socialismo

Pandemia e socialismo





Diz-se que numa crise todos se tornam socialistas; os mercados livres passam a ocupar um lugar secundário, em benefício dos trabalhadores. Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, quando o racionamento universal foi introduzido na Grã-Bretanha, o trabalhador médio tornou-se mais bem nutrido do que antes. Da mesma forma, as empresas privadas são mandatadas para produzir bens para o esforço de guerra, introduzindo assim um planeamento de facto.

Algo do género está a acontecer hoje sob o impacto da pandemia. Em país após país há uma socialização da saúde e da produção de alguns bens essenciais, a qual se afasta apreciavelmente da norma capitalista – e quanto mais grave é a crise, maior é o grau de socialização. Assim, a Espanha, o segundo país europeu mais atingido depois da Itália, nacionalizou todos os hospitais privados para enfrentar a crise: todos eles estão agora sob o controlo do governo. Até mesmo Donald Trump está a orientar empresas privadas para produzirem bens urgentemente necessários durante a pandemia. Endurecer o controle governamental sobre a produção não caracteriza apenas a China do presente; marca também a política dos EUA, para não mencionar vários países europeus.

Há uma segunda razão pela qual um mundo atingido por uma pandemia toma um rumo aparentemente socialista. Isto tem a ver com a necessidade forçada de um temperamento científico; e o próprio temperamento científico é um grande passo rumo ao socialismo. A absoluta vacuidade das "teorias" apregoadas pelas "prescrições" do [partido] Hindutva, por exemplo, como a bosta e a urina de vaca servirem de antídotos contra o coronavírus, são encaradas com desprezo num momento como este. Os próprios indivíduos que apregoam tais teorias, muito sensatamente, ou correm para os hospitais por conta própria ou são levados para os hospitais pelos seus parentes, ao primeiro sinal de uma tosse. A superstição revela-se cara numa tal situação. Ocorre uma mudança forçada de atitudes que também é conducente à ideia de socialismo.

'.É verdade que a Índia está muito atrasada em relação a outros países, tanto em termos da adopção forçada de um temperamento científico, como em termos da volta forçada à socialização da produção e dos cuidados de saúde. A propensão prevalecente para o kitsch ainda não foi abandonada, apesar da crise. Durante o "toque de recolher de Janata" de Modi, em 22 de Março, por exemplo, quando ele havia apelado a cinco minutos de toques de sinos pelos trabalhadores da saúde, entusiásticos devotos de Modi não só estenderam o período até meia hora como até se reuniram para manifestações barulhentas e fizeram procissões em praças enquanto sopravam conchas, o que anulou a própria lógica do "toque de recolher", destinado a impor o distanciamento social.

Da mesma forma, embora o governo tenha agora ampliado as instalações de testes com a inclusão de hospitais privados, ainda não faz nos mesmos os testes e o tratamento gratuito dos pacientes que se revelam positivos.

Mas a contínua prevalência do kitsch Hindutva tende à exclusão de um temperamento científico. E a contínua deferência ao desejo de lucro nos hospitais privados pode ser atribuída ao facto de até agora a crise ter sido menos grave na Índia. Se a sua gravidade aumentar, o que se espera que não aconteça, então a Índia também terá de mudar de atitude e seguir o caminho da socialização tal como outros países.

Uma tendência alternativa oposta também é discernível no momento, que é a de adoptar uma política de "mendigo-meu-vizinho". A oferta de Trump de comprar direitos exclusivos para uma vacina que está a ser desenvolvida pela empresa alemã CureVac capta essa tendência. Trump, por outras palavras, estava a tentar garantir que a vacina estaria disponível apenas para os EUA e não para outros, uma tentativa que foi negada pelo governo alemão. Da mesma forma, a tentação, de modo algum negligenciável, de concentrar a protecção apenas num segmento da população e abandonar os outros – que incluiria os idosos, as mulheres e os grupos marginalizados – aos seus destinos, é outra expressão desta tendência. E a persistência de Trump nas sanções ao Irão, apesar de o país ter sido muito atingido pela COVID-19, é outro exemplo óbvio desta tendência. A ideia em todos estes casos é típica do capitalismo, a qual é deixar os pobres e os vulneráveis à mercê da pandemia, assegurando ao mesmo tempo que os ricos, os fortes, os bem sucedidos, permanecem protegidos. O revés de Bernie Sanders, um socialista confesso que na campanha eleitoral advogara cuidados de saúde universais nos EUA, só reforçaria esta tendência.

Contudo, tal tendência tem um limite natural. A característica da actual pandemia é que é difícil mantê-la restrita a apenas um país ou a um segmento do mundo ou a um segmento da população. A tentativa estéril de o fazer, na qual Trump se deleita, está condenada ao fracasso. Dizer isto não é sugerir que a humanidade de alguma forma se moveria sem problemas para uma nova compreensão da necessidade de ir além do capitalismo a fim de enfrentar a crise, mas, ao contrário, que na confusão das medidas anti-pandémicas, aquelas que vão para além do capitalismo acabarão por ter de assumir uma posição dominante. E quanto mais tempo perdurar a pandemia, mais verdadeiramente provável isto se tornará.

O que esta pandemia demonstra é que enquanto a actual globalização tem estado sob a égide do capitalismo, o capitalismo não tem os meios para lidar com a sua propagação. O capitalismo conduziu a uma situação em que os movimentos de mercadorias e capitais, incluindo os das finanças, se tornaram globalizados; acreditava que as coisas podiam ficar confinadas só a tais movimentos. Mas isso era impossível. Globalização também significa o rápido movimento global de vírus e, portanto, o surto global de pandemias.

Tal surto global de uma pandemia com mortalidade muito elevada havia ocorrido só uma vez anteriormente e isso foi em 1918 com o vírus da gripe espanhola. E esta propagou-se por todo o mundo porque ocorreu em meio a uma guerra, quando milhares de soldados haviam cruzado milhares de quilómetros para combater em trincheiras e depois voltaram para casa como portadores do vírus. A guerra, em resumo, havia rompido a exclusão nacional durante o período em que se desencadeou, provocando uma pandemia global. O surto da SRA de 2003 afectou 26 países e embora grave, levou a uma mortalidade estimada em 800, ao passo que a actual pandemia já ceifou mais de dez vezes esse número.

Agora, contudo, o colapso da exclusão nacional foi incorporado ao sistema, razão pela qual os surtos globais do tipo que estamos a testemunhar serão fenómenos comuns na fase actual do capitalismo. E também é por isso que os esforços do estilo Trump para restringir a crise apenas a alguns segmentos da população e proteger outros, estão destinados ao fracasso. Em suma, o capitalismo chegou agora a uma fase em que as suas instituições específicas são incapazes de lidar com os problemas por ele criados.

A pandemia é apenas um exemplo deste fenómeno. Vários outros reclamam a nossa atenção com urgência, dos quais mencionarei apenas três. Um é a crise económica global que não pode ser resolvida dentro das instituições existentes do capitalismo. No mínimo, requer uma estimulação globalmente coordenada da procura através de meios orçamentais, por vários governos a actuarem em conjunto. Quão longe estamos de tal coordenação global é ilustrado pelo facto de que o principal país capitalista, os Estados Unidos, só pode pensar em proteger sua economia para superar a crise, o que é uma abordagem de segmentação análoga à que está a tentar no contexto da pandemia. O segundo exemplo refere-se à mudança climática [NR] , onde mais uma vez o capitalismo criou uma crise que não pode resolver dentro dos parâmetros que o definem. Meu terceiro exemplo refere-se à chamada "crise dos refugiados" ou o movimento global dos vitimizados pelo capitalismo com as suas guerras e também com a sua paz.

Estas crises sugerem um fim de jogo para o sistema. Elas não são meramente episódicas: a crise económica não é uma mera recessão cíclica, mas representa uma crise estrutural prolongada. A crise causada pelo aquecimento global [NR] também não é apenas um episódio temporário que desapareceria por si só; e a pandemia mostra o perfil das coisas que estão para vir na era da globalização capitalista, quando o mundo inteiro será atingido por vírus em rápido movimento que afligem milhões de pessoas, não uma vez em um século, mas com muito mais frequência. Para que a espécie humana sobreviva a todos estes desafios, as instituições do capitalismo são extremamente inadequadas. É necessário um movimento rumo ao socialismo. Assim, as medidas actuais que substituam o "mercado livre" e a motivação do lucro, embora aparentemente apenas temporárias e de emergência, são indicadores inconscientes.
29/Março/2020

Wednesday, March 25, 2020

Aportaciones republicanas ante la pandemia. 24 de marzo

Aportaciones republicanas ante la pandemia. 24 de marzo / Al Servicio de la República – Divagaciones en el Cinosargo





  1. Se abre con esta crisis una ventana de oportunidad. La gente quiere dos cosas: quedarse en casa con seguridad sanitaria y social y que todo lo que sea preciso se emplee para vencer a la enfermedad y se proteja a los sanitarios a cualquier precio. Con estos dos objetivos se debe organizar la respuesta política. La derecha no aporta nada más allá de su mensaje de odio y la izquierda de batucadas es incapaz de enfrentarse con las respuestas concretas necesarias incluso estando en el gobierno -algo sencillamente estremecedor—. Estamos ante una oportunidad histórica, similar al Paz, Tierra y Pan del 17. Un mensaje claro y sencillo que responda a lo que las masas exigen y por el que están dispuestas a apoyar a quien lo plantee. Si la derecha y la oligarquía reaccionan en esa línea para reforzar la dominación y la izquierda del régimen sigue sin saber querer asumir el reto, la salida de la crisis será reaccionaria en extremo. Es tarea nuestra organizarnos y dar respuesta. Un mensaje claro, dos objetivos exigidos por todos, una respuesta coordinada y desde abajo pero con una dirección.
  2. La Bolsa ha subido hoy día 24 de marzo un 7,8 %, la mayor subida en un año. Como dijo Rockefeller los mejores negocios se hacen cuando la sangre corre por las calles. Nos acercamos hoy a los 40.000 enfermos y vamos rumbo de los 3000 muertos. Las residencias de ancianos de la Comunidad de Madrid han colapsado, eran muy caras, todo un negocio en manos de grandes empresas en complicidad con los gobiernos del PP. El colapso se ha producido en ellas antes que en los hospitales, el ejercito ha encontrado cadáveres mezclados con los vivos y algunos centros abandonados. La derecha, llena de odio e ignorancia vuelca sus críticas en el gobierno en base a detalles absurdos y sus habituales prejuicios. El gobierno de coalición se muestra incapaz de oponerse a los intereses privados, a la Banca, a la oligarquía, al status quo de la Unión Europea; luchan contra la epidemia pero a quienes tienen miedo de verdad es a los poderosos.
  3. La sociedad española se lo está tomando en serio, líos políticos y sospechosos habituales aparte. Hay nervio y fuerza, en los que se quedan en casa y en los que se baten en el frente sanitario o servicios. Es el famoso “General No Importa”. No importa el precio. NO nos rendiremos.
  4. Todavía no hay suficientes muertos como para que el gobierno vea necesario enfrentarse a la Banca, a la Unión Europea y las reglas de gasto. ¿Cuántos más tienen que morir? Alemania no espera a más muertos, ya actúa.
  5. Calviño, digna hija de tu padre, recuerda estas palabras:
    “En España lo mejor es el pueblo. Siempre ha sido lo mismo. En los trances duros, los señoritos invocan la patria y la venden; el pueblo no la nombra siquiera, pero la compra con su sangre y la salva.”: Antonio Machado
  6. Alemania votará abandonar los límites de gasto público y prepara una gran disposición de ayudas económicas de todos los tipos. Lo han anunciado hoy. No sé que esperan aquí. Las reglas de gasto son una trampa que debe acabar.
  7. En la situación en la que nos encontramos hay que tirar del ejemplo de lucha de la clase obrera y de los días más duros de nuestra historia, cuando hubo que construir un ejército del pueblo para confrontar a la muerte y luchar por la supervivencia. Esos han sido los momentos de los que podemos sacar ejemplo y orgullo, como lo será en el futuro el que dan hoy cuantos arriesgan su salud y su vida por defendernos a todos. No sirven ahora las batucadas, los saltimbanquis, las manitas agitadas y los gritos mudos, ni ninguna de las estupideces postmodernas.
  8. #YOAPOYOALGOBIERNO vale, pero por favor, aseguraos de que las ayudas sociales no signifiquen más deuda para los trabajadores y las familias, ni una oportunidad de negocio para la Banca y los que especulan con la Deuda Pública.
  9. #YOAPOYOALGOBIERNO vale, pero por favor, apoyaros en las Secciones Sindicales de los sanitarios y destituid de inmediato a todos los gerentes puestos a dedo por los que han privatizado la sanidad, y tened en cuenta a los profesionales que no han sido cómplices de los recortes.
  10. Está claro. Sánchez (y con él Iglesias) quiere vencer en esta batalla sin tocar los intereses de aquellos que nos han desarmado, la Banca, las multinacionales, la oligarquía europea y la “nacional”.
  11. Es el momento de quitar la limitación constitucional al gasto público y que el pago de la deuda sea prioritario. Lo que se ha aprobado por mayoría en el Congreso se quita por mayoría. Que emplacé a todos los partidos a votar para quitar esa imposición criminal. A ver si tiene narices el PP a oponerse. Y si lo hace pagará un precio. Mantener la prioridad del pago de la deuda en esta situación es una concesión al poder de la Banca y de la oligarquía.
  12. La orden de empezar a producir en España todo lo que se precisa debería haberla dado el primer día. No puede ser noticia una semana después. Es absurdo. Son unos flojos.
  13. La escoria neoliberal que lo ha teñido todo en estos años está siendo desenmascarada ante toda la población. Recortaron sanidad, ciencia, educación, salud pública, dejaron en precario a millones de trabajadores. Solamente su dominio de los medios de comunicación y la cobardía de los que se supone que eran la izquierda permitieron que esa ideología se extendiera y quedase legitimada ante amplias capas de población que se negaban a ver su condición de asalariados y se creían distintos. Hoy vemos cómo todos somos vulnerables, como el peligro de la enfermedad, de la necesidad, del paro, de la incertidumbre se ceba en la casi totalidad de la población. Muchos pretenderán centrar en el gobierno de coalición todas las culpas, pero solo hay algo que reprocharles, que no sean más duros. que traten de contentar a todos y no se atrevan a tomar las decisiones que deben tomar frente a los verdaderos culpables de esta situación, los que han destruído lo público y nos han dejado desarmados, contra los que querrán hacer negocio de tanto dolor y contra los que quieren poner el dinero por encima de la vida y las personas. Vencer esta batalla requiere escoger campo. Y el gobierno debe tener el valor y la determinación de ponerse al lado del pueblo y los trabajadores que son los que sufren y luchan para vencer en esta batalla.
  14. Mando único, disciplina, espíritu de sacrificio y determinación son fundamentales en toda situación de emergencia. Esto lleva aparejado algo: la exigencia a los que dan las ordenes ha de ser máxima. Se les debe exigir el máximo, del mismo nivel que la entrega de los que luchan en primera línea. Y si alguien sabe algo o detecta fallos tiene también la obligación de hacerlo público.
  15. Sigue la producción en numerosas fábricas y centros de trabajo. No se ha ordenado cerrar todo salvo lo critico en servicios, energía, comunicaciones, alimentación y sanidad. Este es el motivo por el que no hay cordones de cierre en torno a las grandes ciudades, la confinación urbana total. No se quieren enfrentar a la Patronal.
  16. Lo ha dicho la portavoz del gobierno chino: “”Si los EE.UU confían tanto en la superioridad de su sistema político ¿Por qué le tienen tanto miedo al Partido Comunista de China y a los medios de comunicación de China?””
  17. El welfare state fue posible en Europa tras 1945 por la necesidad de la oligarquía de mantener la paz social, se vieron obligados a ceder. La URSS fue clave en ese equilibrio. En 2020, ese papel clave lo puede jugar la China Popular. Sin contrapoder y con una izquierda vendida estamos inermes ante la reacción de la oligarquía en esta gran crisis que sufrimos.
  18. La oligarquía -toda ella, bancaria, multinacional, financiera, empresarial- se apresta para aprovechar la crisis para aumentar su dominación, esta vez sobre la muerte y el sufrimiento de la población.
  19. Es necesario hacer test de la enfermedad a la mayoría de la población. Para hacerlo hay que tomar decisiones que chocan con intereses corporativos. No han querido hacerlo hasta ahora.
  20. Es preciso saltarse las barreras europeas y de los intereses de la Banca española y la alemana. Hay que generar euros en el Banco de España para inyectar en las necesidades de la población de forma directa.
  21. El gobierno está escogiendo el modelo Annual, con los oficiales corruptos escapan en sus autos mientras la tropa muere como ganado.
  22. Se necesita una garantía inmediata del salario y un ingreso suficiente para quienes no tienen ninguno o son trabajadores pobres. Las empresas pequeñas necesitan acceso a la liquidez que necesiten sin aumentar endeudamiento. Esta no es la hora de crear oportunidades para la Banca.
  23. La inutilidad y cobardía del gobierno de coalición ante los grandes poderes financieros y empresariales es sencillamente monstruosa.
  24. El odio que le profesa la derecha a Podemos es una variación del anticomunismo primitivo en el que se trocó la aversión a cuanto significara liberalismo, progreso, laicismo, republicanismo o movimiento obrero. Son un grupo visible, con representación y que gracias al voto popular ocupa espacios de poder, ello basta para centrar el odio en su nombre y figuras más representativas. Que la realidad de ese grupo sea otra es algo a lo que la derecha no es capaz de entrar, su odio nos cubre a todos, a toda la izquierda, a esa misma izquierda que Iglesias suplanta, desprecia y falsifica.
  25. El temor del PP y Casado por la relación con el CNI por su condición de vicepresidente es absurdo. A Iglesias le dio luz verde la embajada USA hace ya tiempo. Podemos está “normalizado” desde antes de empezar. Lo del PP en esto es puro circo.
  26. “Que salga el caza”, ordenó el lehendakari Aguirre en el peor momento de la ofensiva aérea sobre Euskadi. Estamos en situación parecida en cierto modo. Que salga el caza… no hay más,
  27. Ahora se puede ver que el número de camas UCIs es un activo de seguridad nacional. Si tienes muchas o posibilidad de aumentar en número significativo las que tengas, tu capacidad de resistencia ante crisis aumenta y con ello la seguridad. Hay dos claves para lograr disponer de UCIs: Uno: profesional capacitado del que se pueda tirar en caso de necesidad. Dos: material médico especializado como sistemas de respiración artificial, y otros elementos tecnológicos. Las UCIs son caras, no son baratas quiero decir, su existencia significa que hay recursos humanos y económicos en una sociedad. Nuestro sistema nacional de salud tenía un número de unidades (algo más de 4000, sobre 9,5 por cada 100.000 habitantes) fruto de un cálculo sobre la proporción de hospitalizados anualmente, patalogias, etc, con un pico restante para emergencias. Con la proporción que manteníamos bastaba para situaciones puntuales de emergencia y de hecho el sistema ha funcionado razonablemente hasta ahora, sobre todo gracias al esfuerzo y profesionalidad.del personal. Pero el golpe que sufirmos es tan brutal que se ha saturado el sistema y no hay reservas y lo que es peor, tampoco una industria suficiente para producirlas, se confiaba en el mercado. El mercado ya vemos el tipo de solución que ofrece, la muerte.

La embajada China respondió a El País por artículo discriminatorio – OKTUBRE NOTICIAS

La embajada China respondió a El País por artículo discriminatorio – OKTUBRE NOTICIAS










Declaración de la Embajada de China en Uruguay

Mao Zedong dijo: Quien no investiga, no opina. Muchos amigos uruguayos han visitado China, regresando con una muy buena impresión. Un refrán reza: Ver para creer.

El 19 de marzo, en medio del brote a nivel mundial de la pandemia del coronavirus COVID-19 y la resuelta lucha a capa y espada desplegada por el gobierno y pueblos uruguayos bajo la firme conducción del presidente Luis Lacalle Pou, el diario El País publicó un artículo repleto de discriminación racial y prejuicio político del columnista Ricardo Reilly Salaverri, en el cual dio rienda suelta a reproches infundados contra las medidas tomadas por el gobierno chino en el combate a la epidemia, lanzando calumnias contra el sistema político chino y estigmatizando a China a gritos, hecho que hirió gravemente el sentimiento de los 1.400 millones de chinos. La Embajada de China en Uruguay, sumamente sorprendida, manifiesta su gran descontento, total rechazo y enérgica condena.
A raíz del brote de la epidemia, bajo la firme conducción del presidente Xi Jinping, el pueblo chino, unidos como uno, se lanzó intrépidamente al combate y logró c ontrolar el flagelo, a costa de titánicos sacrificios, aportando grandes contribuciones a la seguridad sanitaria de los pueblos de todas las latitudes, además de ofrecer asistencia a cerca de 100 países, incluido Uruguay, con lo cual se ha granjeado el amplio elogio de la comunidad internacional. El virus no conoce fronteras y la pandemia es el enemigo público de toda la humanidad. La Organización Mundial de la Salud, máxima autoridad sanitaria, como principio básico, no permite relacionar ningún virus con cualquier país, lugar, etnia, grupo o individuo, rechazando todo tipo de estigmatización.
Ante la crítica situación de la propagación de la pandemia, todos los países debemos ayudarnos mutuamente porque compartimos el mismo destino. Las palabras del Sr. Ricardo Reilly Salaverri reflejan exhaustivamente que, su cuerpo está en el siglo XXI, mas su mentalidad todavía se queda en la Guerra Fría del siglo pasado.
China ha experimentado trascendentales cambios tras la fundación de la Nueva China hace 70 años, sobre todo, desde la reforma y apertura hace 41 años. Hoy por hoy, somos la segunda economía del mundo, 740 millones de chinos se han librado de la pobreza, más del 70% a nivel global, lo cual ha movido la aguja en esta lucha de la humanidad, una gran contribución objeto de reconocimiento mundial.
La esplendorosa civilización china de 5.000 años de historia goza de fama universal y encierra en sí un magnificente acervo, cuya hermosa escritura, su máximo exponente cultural, es la más antigua vigente y única perpetua en todo el mundo. El artículo del Sr. Ricardo Reilly Salaverri reveló su estrechez mental, extremismo cognoscitivo e ignorancia cultural, así como su arrogancia de dudoso sustento. Tratándose sobre todo de un columnista de larga trayectoria, realmente nos da mucha pena.
El presidente Mao Zedong dijo: Quien no investiga, no opina. Hoy por hoy, muchos amigos uruguayos han visitado China, regresando con una muy buena impresión. Un refrán reza: Ver para creer. Si el Sr. Ricardo Reilly Salaverri todavía no conoce China, le proponemos ir cuanto antes para ver con sus propios ojos la milenaria historia y espléndida cultura china, su modernidad y, de paso, saborear su exquisita gastronomía, de renombre universal, para que, de vuelta al país, pueda escribir unos artículos veraces, objetivos, imparciales y serios, en vez de propagar por ahí rumores diciendo lo que se le viene a la boca de forma irresponsable.
Los 32 años de relaciones diplomáticas entre Uruguay y China se han caracterizado por el respeto mutuo y el trato en pie de igualdad. Ambos países establecieron una Asociación Estratégica en 2016 y firmaron en 2018 un memorándum de entendimiento de cooperación en el marco de la Franja y la Ruta. China se perfila desde hace años como el primer socio comercial y el mayor mercado del Uruguay, el comercio bilateral de 2019 fue 40 veces el de 1988.
China es, además, el primer cooperante del Uruguay, los proyectos de fortalecimiento del sistema de video vigilancia de seguridad pública, los equipamientos para teatros y el nuevo local de la escuela primaria República Popular China en el barrio de Casavalle en Montevideo se han convertido en nuevos símbolos de la tradicional amistad bilateral. Los hechos se han encargado de demostrar que la cooperación práctica y amistosa Uruguay-China ha arrojado beneficios tangibles a ambos pueblos, tornándose en un paradigma de la cooperación amistosa entre naciones de distinto tamaño y condiciones.
Durante los últimos años, en el marco de la iniciativa de la Franja y la Ruta, la amistad se ha arraigado cada día más en los corazones de ambos orientales. En tiempos difíciles se conocen los amigos. En días pasados, cuando la epidemia azotaba China, el gobierno, el parlamento, las fuerzas armadas, así como las personalidades de todos los sectores sociales del Uruguay enviaron a primera hora su sincera solidaridad y apoyo, brindando también valiosas donaciones.
El próximo 23 de marzo hora uruguaya, China celebrará una videoconferencia con los funcionarios gubernamentales y expertos latinoamericanos y caribeños para compartir e intercambiar informaciones y experiencias, hecho que refleja la profunda fraternidad y el decidido apoyo recíproco que caracterizan al destino común de la humanidad en estos momentos tan especiales.
En 1813, la novelista británica Jane Austen publicó su obra maestra Orgullo y Prejuicio, cuyo título, a nuestro parecer y tras más de 200 años, está hecho a la medida del artículo del Sr. Ricardo Reilly Salaverri. Más temible que el coronavirus es el virus escondido en la mente de cierta gente. Exigimos seriamente al Sr. Ricardo Reilly Salaverri tomar plena consciencia de su grave error de la estigmatización de China, poner de inmediato coto a sus interferencias y sabotajes a los lazos de amistad y cooperación entre China y Uruguay y a sus desenfrenadas difamaciones y ataques contra la imagen de los 1.400 millones de chinos, adoptando medidas eficaces para amortiguar sus muy nefastas influencias.
El Sr. Ricardo Reilly Salaverri le debe al pueblo chino unas disculpas.

Tuesday, March 24, 2020

Lo que se está ocultando en el debate sobre la pandemia – Vicenç Navarro

Lo que se está ocultando en el debate sobre la pandemia – Vicenç Navarro – Divagaciones en el Cinosargo





Vicenç Navarro
Catedrático de Ciencias Políticas y Políticas Públicas. Universitat Pompeu Fabra, y director del Hopkins-UPF Public Policy Center
Hace unos días hubo una reunión telemática de varios expertos, miembros de la International Association of Health Policy, procedentes de varios países y continentes para analizar la respuesta de los países en diferentes continentes a la pandemia actual de coronavirus. Eran profesionales procedentes de varias disciplinas, desde epidemiólogos y otros expertos en salud pública a economistas, politólogos y profesionales de otras ciencias sociales. La reunión, organizada por la revista International Journal of Health Services, tenía como propósito compartir información y conocimientos con un objetivo común: ayudar a las organizaciones internacionales y nacionales a resolver la enorme crisis social creada por la pandemia. De la reunión se extrajeron varias conclusiones que detallo a continuación.

La expansión de la pandemia era predecible y así se había alertado

En primer lugar, se repasaron varios estudios realizados durante los últimos años (el último en 2018) que habían predicho que tal pandemia ocurriría, habiéndose alertado que el mundo no estaba preparado para ello a no ser que se tomaran medidas urgentes para paliar sus efectos negativos. Tales alertas no solo no se atendieron e ignoraron, sino que muchos Estados a los dos lados del Atlántico Norte aplicaron políticas públicas que han deteriorado la infraestructura de servicios (a base de recortes de gasto público y privatizaciones), así como otras políticas públicas desreguladoras de mercados laborales que han disminuido la protección social de amplios sectores de la población, afectando primordialmente a las clases populares de tales países. La evidencia científica, ampliamente publicada en revistas académicas, ha puesto de manifiesto el enorme impacto negativo que tales políticas han tenido en la disponibilidad y calidad de los servicios sanitarios y sociales (con notables reducciones del número de camas hospitalarias y del número de médicos -por ejemplo, en Italia y España desde 2008-). Otros estudios han mostrado también el impacto de las reformas laborales neoliberales, que han deteriorado la calidad de vida de amplios sectores de las clases populares en estos y en muchos otros países (siendo el caso más conocido la reducción de la esperanza de vida entre amplios sectores de la clase trabajadora de EEUU, resultado del incremento de las enfermedades conocidas como “diseases of despair, enfermedades de la desesperación, tales como suicidios, alcoholismo, drogadicción y violencia interpersonal). Estas políticas (consistentes, como ya he indiciado, en recortes del gasto público social y reformas del mercado de trabajo que incrementaron la precariedad) fueron ampliamente aplicadas en muchos países y estimuladas por organismos internacionales (el FMI, el Banco Mundial, el Banco Central Europeo, entre otros), dejando sin protección a amplios sectores de la población y debilitando el sistema de protección social, pieza clave en la respuesta a la pandemia en tales países. Los enormes déficits de camas, de médicos y enfermeras, de mascarillas, de ventiladores y un largo etcétera se han hecho patentes en cada uno de estos países, donde la austeridad tuvo mayor impacto (de nuevo, como en Italia y en España, y ahora EEUU). Y déficits similares aparecen en los servicios sociales de atención a las personas mayores y a las personas dependientes, especialmente agudos en estos momentos de la pandemia.

Se sabían, y se continúan sabiendo, las causas de la pandemia y cómo responder a ella. Y se sabía y se sabe que hay en el mundo los recursos para controlarla y vencerla

La segunda observación que hicieron los expertos es que la causa de la pandemia era predecible, así como el modo de responder a ella. Y lo que también se sabía y se sabe es que hay recursos para contenerla y resolverla. Había un amplio acuerdo en que el mayor problema que existiría no sería la falta de recursos, sino las enormes desigualdades en la disponibilidad de estos recursos. No sería, pues, un problema económico, sino político. No había (y no ha habido) voluntad política para anular las condiciones que han causado la pandemia. Como ocurre con otro gran problema social existente también a nivel mundial –el cambio climático–, las causas son conocidas y los recursos para resolverlo existen, pero lo que no existe es la voluntad política de los Estados y de las agencias internacionales que los Estados hegemónicos dominan para eliminar las causas de tales crisis, lo cual lleva a la discusión de quiénes controlan dichos Estados y dichas agencias y organismos internacionales. El tema político es, por lo tanto, clave. Hay que preguntarse: ¿qué fuerzas económicas y financieras dominan los Estados? Y lo que hemos estado viendo es que las políticas económicas y sociales promovidas por la gran mayoría de tales Estados han sido aquellas políticas que representaban los intereses minoritarios de grupos económicos y financieros que antepusieron sus beneficios particulares al bien común. La evidencia empírica que apoya esta tesis es abrumadora.
Y un punto central de esta ideología neoliberal ha sido disminuir las intervenciones del Estado que favorezcan el bien común, hecho responsable del enorme descenso de la calidad de vida y bienestar de las poblaciones, contribuyendo con ello a crear la enorme crisis climática, por un lado, y a la pandemia, por el otro. De ahí la necesidad que han tenido las fuerzas políticas que secundan dicha ideología de negar e incluso ocultar la existencia de esas crisis. La administración Trump y sus aliados a nivel internacional son la versión más extrema de esta sensibilidad política (bastante extendida entre las derechas españolas, incluyendo las catalanas, sean estas secesionistas o no). A los dos lados del Atlántico Norte ha habido una gran derechización de la cultura e instituciones políticas, causa y consecuencia a la vez de la enorme desigualdad y del deterioro de las instituciones democráticas, lo que explica que nuestros países estén hoy en una situación muy vulnerable frente a la pandemia. Repito que Italia y España, en Europa, y EEUU en América del Norte, están en una situación que les ha hecho muy vulnerables a la propagación de la enfermedad el Covid-19 (ver mi artículo “Las consecuencias del neoliberalismo en la pandemia actual”, Público, 17.03.20). De nuevo, hay una relación directa en esta parte del mundo entre desigualdad, calidad democrática, protección social y crisis sociales. En aquellos países del capitalismo desarrollado donde hay mayores desigualdades de clase, hay menor protección social (y mayores desigualdades de género), así como una menor atención a los problemas medioambientales y, ahora, una mayor dimensión de los efectos negativos de la pandemia.

El bien común sobre el beneficio privado: la importancia del Estado

Ni que decir tiene que la pandemia es un fenómeno mundial que requiere una respuesta también mundial. Otra observación de los expertos fue que se requería una colaboración entre los Estados, de manera que estos compartieran recursos y conocimientos para, en base a un proyecto común, desarrollar organismos internacionales que prioricen el bienestar de las poblaciones sobre cualquier otro objetivo. Continuar utilizando instituciones internacionales que priorizan exclusivamente intereses específicos, financieros o comerciales es desaconsejable, pues han jugado un papel clave en la configuración de la situación actual. Hay que desarrollar organizaciones alternativas o realizar cambios profundos en las actuales. Ahora bien, los expertos subrayaron que la importancia de la internacionalización de la respuesta no significaba debilitar el rol de los Estados en la resolución del problema creado por la pandemia. El grupo de expertos fue muy crítico con una percepción muy generalizada hoy en centros académicos y mediáticos influyentes de que los Estados están perdiendo poder y no pueden atender a problemas como las pandemias, actitud también presente en círculos progresistas tal y como muestran autores como Negri y compañía, que gozan de tener grandes cajas de resonancia en los medios.
El error de este posicionamiento queda reflejado en el hecho de que los países (sean grandes o pequeños) que han podido controlar la epidemia han sido aquellos donde el Estado ha ofrecido un liderazgo, priorizando las intervenciones públicas sobre las privadas (y supeditando las segundas a las primeras), enfrentándose, en caso de que fuese necesario, con grandes lobbies económicos y financieros que anteponían intereses particulares a los generales. Tal experiencia internacional muestra que aquellos Estados que han tenido un rol más activo y han liderado contundentemente la respuesta a la pandemia han sido más exitosos que aquellos (como EEUU) en los que el Estado está teniendo un rol más pasivo. Y un componente fundamental de este liderazgo ha sido no solo la adopción de medidas de distanciamiento social (necesarias, pero insuficientes), sino también su enfrentamiento con intereses particulares (repito, de lobbies financieros y económicos) que han estado ejerciendo una gran influencia en la vida política y mediática de tales países a fin de garantizar el bien común, por encima de los beneficios de unas minorías.

Hay que intervenir empresas privadas

En este sentido, es profundamente erróneo intentar resolver la gran escasez de material de protección para los profesionales del sector sanitario a base primordialmente y/o exclusivamente de la compra de tales productos en el mercado nacional o internacional. La realidad es que nos encontramos ante una escasez internacional de estos productos debido a su gran demanda, escasez que precisamente beneficia a sus productores, que aumentan los precios, aprovechándose de una situación excepcional. En una situación de guerra (y estamos en una de estas situaciones), el Estado hace lo que debe hacer para conseguir los materiales que necesita para armarse, confiscando y nacionalizando industrias si ello es necesario. Es digno de aplauso que algunos empresarios en España hayan ofrecido voluntariamente cubrir tales déficits cambiando incluso sus líneas de producción, tal y como aplaude Antón Costas en su artículo La pandemia como oportunidad, publicado en El Periódico el 13 de marzo. Pero tales medidas voluntarias son dramáticamente insuficientes. España tiene una industria textil muy desarrollada, y no hay falta de material para hacer mascarillas. Se tiene que obligar a las empresas a que las hagan, y pronto, solo por poner un ejemplo.
Ni que decir tiene que habría una gran oposición a esta línea de actuación por parte de las instituciones financiero-económicas que ejercen un enorme dominio sobre los Estados. Pero la experiencia muestra que tales medidas intervencionistas serían enormemente populares, si se mostrara que se realizan en defensa del bien común, que debe anteponerse al bien particular. En este sentido, la creciente impopularidad de Trump está basada precisamente en que es percibido como un mero instrumento de aquellos intereses, sin atreverse o tener la voluntad de ejercer el liderazgo que el país necesita.

El futuro que nos espera: la barbarie o el bien común

No hay duda de que el futuro será distinto: cambiará el mundo. Y la tolerancia hacia las coordenadas de poder existentes se desvanecerá. Estamos siendo testigos del fin del neoliberalismo, fruto de la urgencia de cambio. La pandemia está mostrando la necesidad de cambiar profundamente las correlaciones de fuerzas dentro los Estados, a fin de eliminar la excesiva influencia de unos intereses particulares que obstaculizan alcanzar el bien común. Ello requiere un cambio en cada Estado y también en la manera en cómo estos Estados se relacionan entre sí; se hace necesario cambiar la orientación de la globalización actual, basada en el control del llamado “mercado” por parte de unas pocas manos, reconociendo la interdependencia entre los países y la necesidad una respuesta colectiva basada en el conocimiento científico, la voluntad popular y el bien común. De ahí que los adversarios de estos cambios sean los mismos factores que crearon la crisis climática y la pandemia: el neoliberalismo, promotor de los intereses de una minoría, y el nacionalismo populista, que antepone sistemáticamente los intereses particulares a los del conjunto. La gravedad del problema actual requiere unos cambios más sustanciales en el ordenamiento económico y político de las sociedades en las que vivimos de los que ahora se están considerando. La evidencia de ello es abrumadora. Así de claro

Monday, March 23, 2020

Contra el Tiempo y el Poder, de Agustin Garcia Calvo

Contra el Tiempo y el Poder | Pepitas de calabaza



Contra el Tiempo y el Poder

y otras intervenciones políticas

La selección de textos que aquí presentamos persigue varios propósitos: puede servir de primera introducción a la lectura de las obras de García Calvo; también rescata una serie de escritos que, aunque publicados en su momento, son hoy casi inaccesibles al público lector; y en fin, tal vez lo más importante, acaso brinde algo de ayuda o aporte claridad a las nuevas generaciones de contestatarios y rebeldes, pues lo que estos textos mayormente abordan son las ambigüedades más insidiosas en las que el impulso de desobediencia al Poder a menudo se pierde y se desvía y, reconvertido en ideología o idea de sí mismo, queda asimilado al orden dominante: el marxismo, el anarquismo, la ecología, el arte y la cultura.

Emergencia contra el racismo - MEDIDAS

Emergencia contra el racismo - MEDIDAS






Medidas generales

  • Reparto a domicilio de alimentos, tanto perecederos como productos frescos y básicos de higiene incluyendo productos desinfectantes para el hogar.
  • Garantizar los suministros básicos (agua, luz y gas) y que no haya corte de suministros por impago.
  • Moratorias en el pago del alquiler y la hipoteca.
  • Paralización de los desahucios.
  • Proteger los derechos de todas las personas, sin discriminar por su situación administrativa.
  • Renta garantizada de emergencia a todas las personas pertenecientes a colectivos vulnerables, sin discriminar por su situación administrativa.
  • Garantizar que las medidas especiales, en concreto las que se refieren a las fuerzas y cuerpos de Seguridad del Estado, no son utilizadas para dar cobertura a redadas racistas.
  • Apertura de todos los comedores populares garantizando que éstos cumplen con las medidas sanitarias adecuadas.
  • Habilitar mecanismos telemáticos para garantizar citas de extranjería. Los ayuntamientos deben facilitar el empadronamiento online. Garantizar, de manera telemáticas, el acceso a todos las trámites burocráticos.
  • Emisión de orden para que tenga validez identificativa los documentos caducados, dejando sin efecto la aplicación de la Ley de Extranjería.
  • Exigimos la actuación de oficio de las fiscalías de delitos de odio ante la difusión de los discursos racistas por parte de algunos medios de comunicación y representantes públicos.
  • Elaborar y difundir material informativo de prevención y información sobre servicios básicos relacionados con la crisis en torno al coronavirus en los idiomas más relevantes entre los grupos vulnerables: romanó, árabe, francés e inglés. Garantizar la traducción de todas las instrucciones gubernamentales, las recomendaciones sanitarias y los recursos comunitarios que se habiliten, en varios idiomas atendiendo a criterios de diversidad cultural de cada comunidad.
  • Habilitar centros de permanencia de día para aquellas personas que se encuentran en albergues.
  • Creación de una comisión específica, en la estructura que está al frente de la gestión de la crisis sanitaria, que haga seguimiento de las medidas aplicadas con el fin de que ninguna de éstas discrimine por motivo de índole racial. Esta comisión debe velar por mantener una interlocución periódica con colectivos, organizaciones antirracista.

Respecto a las personas migrantes encerradas en los Centros de Internamientos de Extranjeros

  • Exigimos la liberación de las personas internas y el cierre inmediato de los CIEs para poder garantizar una efectiva protección de todas las personas. Liberación con alternativa habitacional para no dejar en situación de desamparo/ de calle a nadie.
  • Ante el probado efecto multiplicador de los desplazamientos internacionales en la propagación de la pandemia es necesario que se suspendan las deportaciones de manera inmediata.

Respecto a los y las trabajadoras vendedores autónomos, ambulantes, feriantes y mercadillos

  • Cubrir las tasas de ocupación de la vía públicas, la de recogida de basuras y las de seguridad.
  • Descuento o moratoria de la cuota de autónomos en los meses en los que siga vigente la crisis del coronavirus.
  • Ayuda económica garantizada por las prohibiciones de salir a vender y de trabajar (Al menos durante el tiempo que duren las prohibiciones).
  • Anulación de todo tipo de recargo de demora por el retraso en los pagos ante la imposibilidad de trabajar.

Respecto a los y las artistas musicales y trabajadores del sector de la cultura

  • Ayudas económicas y reuniones con sus organizaciones para que se incluyan los intereses especiales del sector cultural y el sector creativo cuando se trata de medidas de apoyo y de liquidez.

Respecto a las trabajadoras del hogar y los cuidados

  • Que las prestaciones que se han decretado o se decreten para las y los trabajadores en el régimen general, también sean aplicadas a las Empleadas de Hogar y Cuidados en el Sistema Especial.
  • Si se establecen restricciones para el uso del metro u otro medio de transporte público, facilitar medios de desplazamiento alternativos gratuitos. Con los salarios de las cuidadoras es imposible asumir el pago de taxis.
  • Vigilar y frenar las prácticas abusivas de las empresas de intermediación laboral y plataformas webs (ETT) que ofrecen servicios de cuidados con descuentos del 50%, que al final se traduce en menos salarios para las cuidadoras.
  • Facilitar equipo de protección adecuado para el desarrollo del trabajo de cuidados, ya que son ellas las más expuestas al contagio como ocurre con el personal sanitario, pero cuentan con menos medidas de protección.
  • Que las empleadas del Hogar y de los cuidados, que también cotizan en la Seguridad Social, puedan, igual que el resto de trabajadores, solicitar la baja por cuidado de menores y recibir exenciones fiscales como población especialmente afectada por el coronavirus.
  • Difusión institucional de medidas de cuidado y protección a las trabajadoras del hogar y los cuidados así como mecanismos de denuncia en caso de abusos.

Respecto a las jornaleras y jornaleros migrantes

  • Medidas de protección a las personas que seguirán trabajando en el campo durante esta crisis sanitaria, muchas de ellas en especial situación de vulnerabilidad por estar en situación administrativa irregular.
  • Medidas para poner fin a la falta estructural de acceso a la vivienda de los trabajadores migrantes.
  • Garantizar el abastecimiento de comida, agua y medicinas y resto de necesidades básicas para llevar a cabo las medidas de aislamiento decretadas por el gobierno.

Respecto a situación de Violencia de Género y LGTBIfobia

  • Tomar en consideración la gravedad de una situación de encierro con un maltratador y tomar las medidas necesarias para proteger y dar apoyo a las mujeres que lo soliciten.
  • Proporcionar una alternativa habitacional para las mujeres maltratadas para facilitar si así lo quieren la salida de sus casas.
  • Garantizar la atención a todas las mujeres, en especial las que se encuentran en situaciones de dependencia económica o de irregularidad.
  • Garantizar que las mujeres maltratadas con hijos que quieran dejar su casa y llevar a sus hijos e hijas con ellas puedan hacerlo sin que el padre/maltratador pueda tomar medidas legales contra ellas.
  • En caso de situación de vulnerabilidad, garantizar que los y las hijas no serán retiradas de la custodia ni compañía de la madre.
  • Proporcionar una alternativa habitacional a las personas LGTBI+ que estén sufriendo violencia en sus casas y tengan que salir de ellas.
  • Realizar una difusión por todos los medios posibles de estas alternativas y medidas, y establecer canales discretos y seguros para que las personas en situación de violencia puedan informarse y solicitar estos servicios.

Respecto a la infancia y juventud que migra sola

  • Destinar recursos necesarios para los centros de acogida garantizando la protección de los menores no acompañados.
  • Garantizar que se les brinda toda la información sobre lo que está ocurriendo, así como sobre medidas de protección sanitaria.
  • Garantizar que pueden continuar con su educación, proveyendo de materiales para la formación online en caso de que no los haya o adaptando las clases.

Respecto a las familias monomarentales y personas mayores solas

  • Activar dispositivos específicos para apoyar el cuidado de los menores de las familias monomarentales cuyas madres deban acudir a sus puestos de trabajo y no dispongan de redes familiares disponibles. Así como garantizar el servicio de comedor de los menores becados que dependen de este servicio. Los dispositivos específicos referidos pueden estar coordinados con las redes de apoyo vecinal local puestas en marcha en diversos puntos del Estado.
  • Activar un teléfono de atención específico para orientación y acompañamiento de personas migrantes y racializadas mayores ante el coronavirus. Garantizado este servicio en diferentes idiomas.
  • Activar dispositivos específicos para apoyar a las personas mayores en general y en particular a las migrantes y racializadas que lo necesiten, en la adquisición de artículos de primera necesidad sin que tengan que salir de sus casas y de manera que sea accesible para ellas en términos económicos.

Respecto a las personas sin techo

  • Medidas de protección para las personas sin techo que garanticen la disponibilidad de lugares donde poder protegerse, alimentación, medicación y todo aquello que sea necesario para cumplir con las medidas impuestas por el estado de alarma.

Respecto a las/los trabajadores en sectores de servicios

  • Reforzar la capacidad de los sindicatos para conocer y atender las necesidades de las personas migrantes y racializadas trabajadoras y sus condiciones de vulnerabilidad particular ante ERTEs, despidos y situaciones de abuso laboral.

Respecto a la responsabilidad internacional del Estado español

  • Aplicar las mismas sanciones que se aplican dentro del territorio español a las y los ciudadanos españoles que actúan de manera negligente en otros países, sin respetar las cuarentenas, favoreciendo la expansión del virus en contextos de mayor vulnerabilidad sanitaria.
  • Atender las obligaciones y compromisos internacionales en materia de ayuda humanitaria, cooperación internacional, ayuda oficial al desarrollo y activar todos los mecanismos que contribuyan a reducir el impacto de la pandemia, especialmente en campos de refugiados y en países empobrecidos.