Fundação Serralves:
"* 'LA COMMUNE (PARIS, 1871)' - 18 e 19 JAN 2011
*
Peter Watkins, 345’, 1999
18 JAN 2011(Ter),18h30 e 21h30 - 1ª e 2ª sessões
19 JAN 2011(Qua), 18h30 e 21h30 - 3ª e 4ª sessões
Filme-laboratório, orquestrado por Peter Watkins com mais de 200 actores (a maioria nãoprofissionais), 'A Comuna' explora os acontecimentos históricos da Primavera de 1871 em Paris, não numa perspectiva comemorativa, mas sim para levantar questões acerca do tempo presente, com particular incidência no papel dos mass media na nossa sociedade.
Para mais informações por favor consulte http://pwatkins.mnsi.net/commune.htm. Esta sessão contará com a presença de Patrick Watkins e Jean-Pierre Le Nestour (Associação Rebond Pour La Commune). O filme é apresentado em 4 sessões, legendado em inglês.
* 'DISOBBEDIENTI', 'WHAT IS DEMOCRACY?' - 27 JAN 2011
*
'DISOBBEDIENTI', Oliver Ressler & Dario Azzellini, 54’, 2002.
27 JAN 2011 (Qui.), 18h30
'WHAT IS DEMOCRACY?', Oliver Ressler, 118’, 2009
27 JAN 2011 (Qui.), 21h30
Oliver Ressler é um artista sediado em Viena, Austria, cujo trabalho foca diversos temas sociopolíticos, tais como o racismo, as migrações, a engenharia genética, a economia, as formas de resistência e as alternativas sociais. Vários dos trabalhos resultam de colaborações, tais como Disobbedienti e Comuna Under Construction, com Dario Azzellini ou What Would It Mean to Win?, com Zanny Begg. Para mais informações por favor consulte http://www.ressler.at/ . Estas sessões contarão com a presença do artista Oliver Ressler.
* 'COMUNA UNDER CONSTRUCTION' e 'SOCIALISM FAILED, CAPITALISM IS BANKRUPT. WHAT COMES NEXT?' - 28 JAN 2011
*
'COMUNA UNDER CONSTRUCTION', Oliver Ressler & Dario Azzellini, 94’, 2010
'SOCIALISM FAILED, CAPITALISM IS BANKRUPT. WHAT COMES NEXT?' Oliver Ressler, 19’, 2010
28 JAN 2011 (Sex.), 18h30
Estas sessões contarão com a presença do artista Oliver Ressler.
* 'QU’ILS REPOSENT EN RÉVOLTE (DES FIGURES DE GUERRES)' - 29 JAN 2011
*
'QU’ILS REPOSENT EN RÉVOLTE (DES FIGURES DE GUERRES)', Sylvain George, 150’, 2010
29 JAN 2011 (Sáb.), 16h00
As condições de vida dos imigrantes em Calais, no norte de França. Uma população em trânsito, filmada ao longo de um período de três anos(2007-2010). O filme revela como a polícia se excede para além da lei. Refugiados, excluídos, imigrantes ilegais e também desempregados são tratados como criminosos, despidos e violentados nos seus mais elementares direitos, reduzidos ao estado de “meros corpos”.
Esta sessão contará com a presença do realizador.
* 'THIS DAY (AL YAOUM)', 'ALL IS WELL ON THE BORDER', 'IN THIS HOUSE', 'NATURE MORTE' - 30 JAN 2011
*
'THIS DAY (AL YAOUM)', Akram Zaatari, 90’, 2003
30 JAN 2011 (Dom), 18h30
'ALL IS WELL ON THE BORDER', Akram Zaatari, 43’, 1997
'IN THIS HOUSE', Akram Zaatari, 30’, 2005
'NATURE MORTE', 11’, 2007
30 JAN 2011 (Dom.), 21h30
Akram Zaatari explora a condição do Líbano do pós-guerra, recolhendo testemunhos e documentos, focando em particular a mediação dos conflitos pela televisão, e a lógica de Resistência no contexto da actual divisão territorial do Médio Oriente.
Estas sessões decorrerão com a presença da artista.
* 'THE CROWD', 'NOVYY VAVILON' - 1 FEV 2011
*
'THE CROWD', King Vidor, 98’, 1928
1 FEV 2011 (Ter.), 18h30
Pedro Costa foi convidado a apresentar uma escolha pessoal de filmes no âmbito deste programa. 'A Multidão', de King Vidor, retrato do fracasso do sonho americano através da vida de um cidadão anónimo da classe média, e a 'Nova Babilónia' de Kozintsev e Trauberg, reconstituição da Comuna de Paris vivida por modestos empregados de um grand magasin de Paris, ambos filmes de finais da década de 1930, a (re)descobrir absolutamente. 'Número Zero', de Jean Eustache, é possivelmente o seu filme mais radical: o relato por Odette Robert, a avó cega do cineasta, das suas memórias da vida na aldeia, perturbante pela dura realidade das relações humanas evocadas mas também pela ascética realização.
'NOVYY VAVILON', Grigori Kozintsev & Leonid Trauberg, 93’, 1929
(Ter.), 21h30
* 'NUMÉRO ZÉRO' - 2 FEV 2011
*
'NUMÉRO ZÉRO', Jean Eustache, 107’, 1971
2 FEV 2011 (Qua.), 21h30
Esta sessão contará com a presença de Pedro Costa.
* 'MANNMUSWAK', 'LA NOUVELLE KAHNAWAKÉ', 'MUDAR DE VIDA' - 6 FEV 2011
*
'MANNMUSWAK', Patrick Bernier e Olive Martin, 2005, 16’
'LA NOUVELLE KAHNAWAKÉ', Patrick Bernier e Olive Martin, 2010, 42’
6 FEV 2011 (Dom.), 16h00
Os filmes de Patrick Bernier e Olive Martin despertam inquietantes interrogações em torno das noções de identidade e de fronteira, agudizadas no seio das populações minoritárias em luta pela sobrevivência, quer se trate de um imigrante africano em Mannmuswak ou de Índios nativos de uma reserva Canadiana em La Nouvelle Kahnawaké.
Esta sessão decorrerá com a presença dos artistas.
'MUDAR DE VIDA', Paulo Rocha, 103’, 1967
6 FEV 2011 (Dom.), 21h30
Esta sessão contará com a presença de João Sousa Cardoso.
* 'TORRE BELA' - 8 FEV 2011
*
'TORRE BELA', Thomas Harlan, 105’, 1977
8 FEV 2011 (Ter.), 21h30
Esta sessão contará com a presença de João Sousa Cardoso.
* 'ANA' - 9 FEV 2011
*
'ANA', António Reis e Margarida Cordeiro, 115’, 1985
9 FEV 2011 (Qua.), 21h30
Esta sessão contará com a presença de João Sousa Cardoso.
* 'ENQUÊTE SUR LE /NOTRE DEHORS (espaces de friction avec une normalité inquiétante)', 'HISTOIRE(S) DU PRÉSENT' - 11 FEV 2011
*
'ENQUÊTE SUR LE /NOTRE DEHORS (espaces de friction avec une normalité inquiétante)', Alejandra Riera com UEINZZ, 160’, 2003-2007
11 FEV 2011 (Sex.), 16h00
Filme-documento a partir da experiência com atores da Cia Teatral Ueinzz, sediada em São Paulo, e composta por pessoas em sofrimento psíquico, terapeutas, performers, filósofos. Num mundo supostamente sem “exterior”, trata-se de reativar espaços de fricção com uma normalidade inquietante onde nós, ditos normais, anormais, normopatas e quaisquer nos encontramos confundidos.
'HISTOIRE(S) DU PRÉSENT', Alejandra Riera com UEINZZ, 110’, 2007-2009
11 FEV 2011 (Sex.), 21h30
Filme-documento da experiência vivida por ocasião da “Ocupação UEINZZ” em São Paulo, em 2009, conduzida por Alejandra Riera e o grupo UEINZZ. Durante a ocupação de um espaço cultural por uma trupe teatral composta por pessoas com sofrimento psíquico, performers, psiquiatras, filósofos, entremeada com a apresentação de uma peça inspirada em Joyce, foi preciso buscar uma linguagem que pudesse incluir os corpos, a realidade de sua presença, suas necessidades, seus desejos. Corpos vivos, tanto mais vivos que, tal como corpos sem órgãos, fizessem voar pelos ares o organismo e sua organização.
Estas sessões decorrerão com a presença da artista.
* 'EAST OF PARADISE', 'D’AMORE SI VIVE' - 13 FEV 2011
*
'EAST OF PARADISE', Lech Kowalski, 105‘, 2005
13 FEV 2011 (Dom.), 16h00
A atenção dada em toda a obra de Lech Kowalski aos pobres, aos oprimidos e aos marginais nasce de uma profunda desconfiança em relação a toda e qualquer forma de poder. Em 'East of Paradise', último filme da trilogia “A Arte da Sobrevivência”, Kowalski junta o testemunho da mãe, deportada num campo de trabalho Soviético no princípio da 2ª Guerra Mundial e imagens dos seus filmes anteriores, situados na Nova Iorque underground e contestatária dos anos 1970 e 80. Para mais informações por favor consulte http://www.extinkt.com/
'D’AMORE SI VIVE', Silvano Agosti, 90’, 1982
13 FEV 2011 (Dom.), 18h30
Uma pesquisa acerca da ternura, da sexualidade e do amor. A ternura sem sexualidade e amor produz hipocrisia. A sexualidade sem ternura e amor produz pornografia. O amor sem ternura e sexualidade produz misticismo. Rodado na cidade de Parma, este documentário de Silvano Agosti (inicialmente uma série de cerca de 9 horas para a televisão) examina nos seus ínfimos pormenores os modos do amor, em particular entre os mais frágeis, os excluídos, os mal-amados. Para mais informações por favor consulte http://www.silvanoagosti.com/
* 'FACS OF LIFE', 15 FEV 2011
*
'FACS OF LIFE', Silvia Maglioni e Graeme Thomson, 116’, 2009
15 FEV 2011 (Ter.), 21h30
20 horas de registos das aulas de Gilles Deleuze em Vincennes (1975-76) difundidas no programa 'fuori orario' na Televisão Italiana deram o mote Silvia Maglioni e Graeme Thomson para 'Facs of Life' e 'Through the Letterbox'. Em 'Facs of Life' cruzam-se encontros com alguns dos seus alunos de então, imagens do local onde outrora se erguia a universidade e as novas instalações, e os fantasmas de revolução, sido apresentado na Europa e nos Estados Unidos, na Bienal de Whitney Biennial, na Bienal de Liverpool, no Stedelijk Museum (Amesterdão), na Tate Modern, e em festivais como o Ultima (Oslo), Donaueschingen Musiktage, Ars Electronica (Linz), Wien Modern, Maerz Musik (Berlim) ou Mutek (Montreal), entre outros. Colaborou com a Merce Cunningham Dance Company e editou discos com as chancelas Charhizma, Softl, Room 40 e Innova. Em Abril irá apresentar um trabalho paralelo a 'rainbow gathering' no MoMa, em Nova Iorque.
Esta sessão contará com a presença dos realizadores.
* 'THROUGH THE LETTERBOX' - 16 FEV 2011
*
'THROUGH THE LETTERBOX', Silvia Maglioni e Graeme Thomson, 125’, 2009
16 FEV (Qua), 21h30
Esta sessão contará com a presença dos realizadores.
* 'AS FÚRIAS' - 19 FEV 2011
*
'AS FÚRIAS', João Sousa Cardoso, 60’, 2011
19 FEV (Sáb.), 21h30
“Depois de dez anos sem nos vermos, reencontrei as mulheres e os homens que tocam, cantam e dançam no Rancho Douro Litoral. No intervalo, saíram alguns elementos, novos componentes chegaram e outros, depois de casados e dos filhos crescidos, regressaram. Observei, com um renovado gosto, a alegria dos que se reúnem, ao longo de gerações, para o trabalho recreativo da memória. E procurei, ao longo de nove meses, fixar em imagens o movimento do desejo e o desejo de teatro desta actividade colectiva que atravessou a modernidade e convive, divertida, com a cultura dos nossos dias.” João Sousa Cardoso
Esta sessão contará com a presença do artista.
* 'HANDSWORTH SONGS', 'MNEMOSYNE' - 24 FEV 2011
*
'HANDSWORTH SONGS', John Akomfrah, 61’, 1986
'MNEMOSYNE', John Akomfrah, 45’, 2010
24 FEV 2011 (Qui.), 21h30
John Akomfrah co-fundou o 'Black Audio Film Collective' em 1982, cujo trabalho foca as questões ligadas à identidade Negra na Grã- Bretanha, procurando formas novas para tratar o tema. O 'Black Audio Film Collective' dissolve-se em 1998, tendo Akomfrah prosseguido a sua obra individual desde então, até ao recente 'Mnemosyne'. Os seus filmes trabalham as questões da memória e do arquivo.
Esta sessão contará com a presença de David Lawson, produtor.
* 'IN PLACE OF CAPITAL', 'AT FACE VALUE', 'THE WITNESS' - 25 FEV 2011
*
'IN PLACE OF CAPITAL', Zachary Formwalt, 2009, 24’30’’
'AT FACE VALUE', Zachary Formwalt, 2008, 22’30’’
'THE WITNESS', Zachary Formwalt, 2006, 15’35’’
25 FEV 2011 (Sex.), 18h30
As imagens do poder são o motivo central do trabalho de Zachary Formwalt, quer quando examina as fotografias da Bolsa de Londres, por Talbot, ponto de partida para uma reflexão sobre a história paralela da fotografia e do capitalismo em 'In Place of Capital'; ou estuda o valor dos selos postais nos anos 1920, signos da instabilidade económica que levaria à Grande Depressão, em 'At Face Value'; ou ainda quando perscruta as imagens e o guião dos interrogatórios de Guantánamo disponibilizados no site do Departamento de Defesa Norte-americano, em 'The Witness'.
Esta sessão decorrerá com a presença do artista.
* BLACK PANTHERS - 'OFF THE PIG', 'THE MURDER OF FRED HAMPTON', 'IN THE LAND OF THE FREE', 'RICHARD AOKI: BPP MEMBER' - 1 MAR 2011
*
'OFF THE PIG (Black Panthers)', THE NEWSREEL film collective, 20', 1968
'THE MURDER OF FRED HAMPTON', Mike Gray e Howard Alk, 88', 1971
1 MAR 2011 (Ter.), 18h30
Uma selecção de filmes em torno da história dos Black Panthers, desde documentos dos primeiros anos do Partido fundado por Bobby Seale e Huey P. Newton, assim como os recentes 'In the Land of the Free' e '41st & Central'.
Emory Douglas e Robert King, membros destacados do Partido, assim como Billy X Jennings, historiador dos Black Panthers, e Rigo 23, artista presente na Exposição 'Às Artes, Cidadãos!' estarão presentes para revisitar aquele que foi sem dúvida um dos mais radicais e importantes grupos activistas americanos do século XX.
Programa apresentado em colaboração com a exposição “all power to the people”, Galeria Zé dos Bois
'IN THE LAND OF THE FREE', Vadim Jean, 84’, 2010
'RICHARD AOKI: BPP MEMBER', Ben Wang and Mike Cheng, 20', 2010
1 MAR 2011 (Ter.), 21h30
* BLACK PANTHERS - 'BLACK PANTHERS - HUEY!', 'COMRADE SISTER: VOICES OF WOMEN IN THE BLACK PANTHER PARTY', 'MAYDAY (Black Panthers)', '41st & CENTRAL', 2 MAR 2011
*
'BLACK PANTHERS - HUEY!', Agnès Varda, 31', 1968
'COMRADE SISTER: VOICES OF WOMEN IN THE BLACK PANTHER PARTY', Phyllis Jackson e Christine Minor, 58'
02 MAR 2011 (Qua.), 18h30
'MAYDAY (Black Panthers)', Roz Payne and Collective Newsreel, 15', 1969
'41st & CENTRAL', Gregory Everett, 120', 2010
02 MAR 2011 (Qua.), 21h30
* 'FACE A, FACE B' , 'WITH SOUL, WITH BLOOD', 'I, THE UNDERSIGNED', 'ON THREE POSTERS', 'OLD HOUSE', 'I HAD A DREAM, MOM', 'FILM SOCIALISME', - 6 MAR 2011
*
'FACE A, FACE B', Rabih Mroué, 10’, 2002
'WITH SOUL, WITH BLOOD', Rabih Mroué, 10´, 2003
'I, THE UNDERSIGNED', Rabih Mroué, 7’, 2003
'ON THREE POSTERS', Rabih Mroué, 18’, 2004
'OLD HOUSE', Rabih Mroué, 2’, 2006
'I HAD A DREAM, MOM', Lina Saneh, 45’, 2006
6 MAR 2011 (Dom.), 16h00
Os filmes de Rabih Mroué e Lina Saneh, em continuidade com o seu trabalho performativo, reflectem sobre as marcas dos conflitos no Líbano, inscritas nas narrativas e nos corpos filmados. Recorrendo a todo o tipo de materiais, testemunhos de combatentes suicidas em 'The Three Posters', o relato pormenorizado de um sonho, em 'I Had a Dream', 'Mom' ou a viagem de uma canção, de Cuba até à URSS.
Esta sessão contará com a presença dos artistas.
'FILM SOCIALISME', Jean-Luc Godard, 101’, 2010
6 MAR 2011 (Dom.), 21h30
Uma sinfonia em três movimentos. Um navio no mediterrâneo e algumas conversas, em diversas línguas, entre passageiros, quase todos em férias. Um velho criminoso de guerra (alemão, francês ou americano?) acompanhado de sua neta. Um jovem filósofo francês (Alain Badiou). Um representante da polícia de Moscovo. Uma cantora americana (Patti Smith). Um velho policial francês. Uma ex-funcionária da ONU. Um agente aposentado. Um embaixador palestino. No fundo, discutem a falência das ideologias de esquerda no início de século 21.
* 'FILM SOCIALISME' - 7 MAR 2011
*
'FILM SOCIALISME', Jean-Luc Godard, 101’, 2010
7 MAR 2011 (Seg.), 21h30 (repetição)
* 'Como Deveremos Ser Chamados' - 19-20 MAR 2011
*
Mariana Silva
Como deveremos ser chamados, 2010
Vídeo, 35’’, loop, sessão contínua, legendada em inglês
Local: Teatro Nacional de São João
- Enviado mediante la barra Google"
paginas
salud
Monday, February 28, 2011
Monday, February 21, 2011
Olof Palme, un recuerdo vivo
VICTOR MONTOYA:
El asesinato de Olof Palme, acaecido el 28 de febrero de 1986, aproximadamente a las 11 de la noche, salta a la memoria apenas se ponen los pies en Sveavägen. Lo extraño es que en la esquina de esta calle, donde el cuerpo cayó fulminado por el disparo, no quedan más rastros que una placa empotrada en el suelo, en cuya inscripción se lee: “På denna plats mördades sveriges statsminister Olof Palme” (En este lugar fue asesinado el primer ministro sueco Olof Palme).
A dos cuadras más allá, en el cementerio de la iglesia Adolf Fredrik y cerca del Cine Grand, donde asistió por última vez en compañía de su esposa, se encuentra su modesta tumba, en la cual destaca una lápida en forma de roca en lugar de un busto o un monumento de bronce. En la tumba no faltan las flores ni las visitas de quienes, en actitud de respeto y admiración, hacen acto de presencia con un silencio sepulcral, ya que los suecos, poco acostumbrados a los discursos solemnes y a la grandiosidad de los mártires, prefieren conservar a su carismático líder en el corazón que inmortalizarlo en una efigie de metal bruñido.
Olof Palme, a pesar de provenir de una familia acomodada, se inclinó hacia la causa de los desposeídos y abandonó los privilegios que le brindaba su entorno social. Los viajes por varios países, entre ellos Estados Unidos, donde obtuvo el bachillerato en Kenyon College de Ohio, le enseñaron a contemplar el mundo desde la perspectiva de la injusticia social, la desigualdad económica y la discriminación racial.
Todos coinciden en señalar que desarrolló una brillante carrera en las filas de la socialdemocracia desde 1953, año en que fue captado por el entonces primer ministro Tage Erlander, quien lo invitó a trabajar en su gabinete, donde ocupó varios puestos de importancia, hasta que fue elegido líder del Partido Socialdemócrata y primer ministro de Suecia en 1969.
En su ajetreada carrera política, como todo defensor del pacifismo e internacionalismo, realizó una labor significativa en la ONU durante el conflicto bélico entre Irán e Iraq. Adoptó posiciones radicales en defensa de las luchas de liberación en África, Asia y América Latina. Rompió relaciones con las dictaduras militares, condenó enérgicamente el holocausto nazi, la política del apartheid sudafricano y la guerra del Vietnam. Se declaró simpatizante de la Organización para la Liberación de Palestina, del régimen socialista de Salvador Allende y de la revolución cubana de Fidel Castro, a quien lo consideraba un buen amigo.
Sus ideas reforzaron las bases programáticas de la socialdemocracia europea y sus discursos controvertidos lo convirtieron en una de las personalidades más influyentes y polémicas de su época. La izquierda lo admiraba por sus ideales de justicia y libertad, mientras la derecha, atrincherada en las concepciones más reaccionarios y fascistas, lo consideraba su enemigo principal.
Su asesinato conmocionó al mundo entero. Nunca antes se había matado a tiros a un mandatario de Estado en las calles de Estocolmo. Cuando la noticia trascendió a la prensa, nadie se lo podía creer aquella mañana gélida y nevada del 29 de febrero, sino hasta que la televisión mostró el lugar donde se perpetró el crimen. Toda la nación quedó en estado de shock, como levitando en el vacío. Todos se preguntaban el porqué de este asesinato que, desde el primer instante, se trocó en una mancha de sangre y en una herida abierta en el subconsciente colectivo.
La investigación del caso, que sigue siendo uno de los más misteriosos en los anales de la historia criminal, ha costado mucho dinero y esfuerzo, pero nunca se llegó a saber, a ciencia cierta, quién fue el autor del crimen, por mucho que se invirtió millones en su captura y se formaron varias comisiones tanto a nivel de gobierno como a nivel de las fuerzas de seguridad de la policía sueca (SÄPO).
Su esposa, Lisbeth Palme, fue la única que alcanzó a ver al asesino, quien, tras descargar el arma de fuego, se alejó corriendo por las gradas de un callejón en penumbras; más tarde, durante el proceso de la investigación, declaró que el hombre que vio esa noche era Christer Pettersson, un alcohólico y toxicómano que fue detenido en 1988 y luego absuelto por falta de mayores evidencias.
El crimen, que generó una serie de “teorías de conspiración”, unas más incoherentes que otras, se prescribirá el 28 de febrero de 2011, veinticinco años después del asesinato, y el aparato policial será declarado incompetente ante la opinión pública, ya que nunca hubo un Sherlock Holmes capaz de desvelar los móviles del crimen ni detectives capaces de dar con el paradero del asesino, quien apareció y desapareció esa misma noche como alma que lleva el diablo.
Lo cierto es que la muerte de Olof Palme, que tenía enemigos en el interior de los gobiernos racistas y dictatoriales de la época, pudo haber sido tramada y perpetrada por cualquier organización nacional o internacional. Los sospechosos se cuentan a montones. No se descartan a los agentes de la CIA ni al gobierno de Augusto Pinochet, cuyo yerno, Roberto Thieme, fue sindicado como el presunto asesino por el periodista sueco Anders Leopold en el diario chileno “La Cuarta”, el 7 de marzo de 2008.
El pueblo sueco, sin perder la paciencia ni las esperanzas, espera que algún día, más temprano que tarde, las instituciones pertinentes revelen el nombre y el rostro de los responsables de este alevoso crimen, para que sobre ellos caiga sin contemplaciones la justicia popular y todo el peso de la ley.
Sunday, February 20, 2011
Errata Naturae Editores
Errata Naturae Editores:
"Publicación: 21 de febrero de 2011
Publicación: 21 de febrero de 2011
Nueva YorkA finales de los años sesenta, poco antes de su trágica muerte, Pier Paolo Pasolini realizó dos intensos viajes a Nueva York. A su regreso definió la ciudad como «arrebatadora, bellísima, una evasión, un compromiso, una guerra. Te gusta como las cosas que gustan a los veinte años». ...leer más
- Enviado mediante la barra Google"
"Publicación: 21 de febrero de 2011
Publicación: 21 de febrero de 2011
A finales de los años sesenta, poco antes de su trágica muerte, Pier Paolo Pasolini realizó dos intensos viajes a Nueva York. A su regreso definió la ciudad como «arrebatadora, bellísima, una evasión, un compromiso, una guerra. Te gusta como las cosas que gustan a los veinte años». ...leer más
Nueva YorkA finales de los años sesenta, poco antes de su trágica muerte, Pier Paolo Pasolini realizó dos intensos viajes a Nueva York. A su regreso definió la ciudad como «arrebatadora, bellísima, una evasión, un compromiso, una guerra. Te gusta como las cosas que gustan a los veinte años». ...leer más
- Enviado mediante la barra Google"
Thursday, February 03, 2011
Mesas de convergencia | PARA UNA SALIDA SOCIAL A LA CRISIS
Mesas de convergencia |
PARA UNA SALIDA SOCIAL A LA CRISIS: "Estimado amiga y estimada amigo;
Un grupo de personas preocupadas por la situación política y por las amenazas que se ciernen sobre sectores cada vez más amplios de la población sentimos la necesidad de tomar la iniciativa. Pensamos que ha llegado el momento de impulsar un proceso de acercamiento y convergencia de todos los sectores y sensibilidades de la izquierda para ir conformando una respuesta unitaria y eficaz a la situación que vive nuestro país de países.
Nuestra pretensión es muy abierta pero muy clara. Estamos convencidos de que es imprescindible promover la más amplia confluencia de fuerzas de la izquierda social y política frente a la ofensiva neoliberal que estamos sufriendo. Esta ofensiva probablemente no va a remitir en los próximos tiempos sino todo lo contrario.
Creemos que es necesario ir construyendo consensos para definir valores y políticas que permitan defender el bienestar colectivo, la justicia social, el desarrollo sostenible y las libertades democráticas en estos momentos críticos que estamos viviendo. Es sólo un comienzo pero un comienzo necesario para empezar a articular una contraofensiva al neoliberalismo dentro del actual panorama de la izquierda en nuestro país.
Para darle el primer impulso a este proceso, aprobar el programa mínimo antineoliberal y lanzar el proceso de conformación de mesas para la convergencia ciudadana en todo el Estado, hemos convocado una Asamblea el próximo día 19 de febrero a las 11.00 horas en el Auditorio Marcelino Camacho de Madrid, Calle Lope de Vega nº 40.
Somos conscientes de que una convocatoria de este tipo no es muy frecuente. Pero existe una posibilidad real, hasta ahora tenida por imposible, de que se produzca una regresión dramática de las conquistas sociales, democráticas y culturales de los últimos treinta años. Está en juego, además, la propia existencia de la izquierda como actor político relevante. Por ello confiamos en tu responsabilidad y en tu generosidad en unos momentos tan importantes como los que estamos viviendo.
Un saludo cordial
El grupo promotor de la iniciativa
Juan Torres López, Manolo Monereo, Ricardo García Zaldívar, Carlos Martínez García, Armando Fernández Steinko, Roberto Viciano, Carlos Ruiz Escudero
- Enviado mediante la barra Google"
PARA UNA SALIDA SOCIAL A LA CRISIS: "Estimado amiga y estimada amigo;
Un grupo de personas preocupadas por la situación política y por las amenazas que se ciernen sobre sectores cada vez más amplios de la población sentimos la necesidad de tomar la iniciativa. Pensamos que ha llegado el momento de impulsar un proceso de acercamiento y convergencia de todos los sectores y sensibilidades de la izquierda para ir conformando una respuesta unitaria y eficaz a la situación que vive nuestro país de países.
Nuestra pretensión es muy abierta pero muy clara. Estamos convencidos de que es imprescindible promover la más amplia confluencia de fuerzas de la izquierda social y política frente a la ofensiva neoliberal que estamos sufriendo. Esta ofensiva probablemente no va a remitir en los próximos tiempos sino todo lo contrario.
Creemos que es necesario ir construyendo consensos para definir valores y políticas que permitan defender el bienestar colectivo, la justicia social, el desarrollo sostenible y las libertades democráticas en estos momentos críticos que estamos viviendo. Es sólo un comienzo pero un comienzo necesario para empezar a articular una contraofensiva al neoliberalismo dentro del actual panorama de la izquierda en nuestro país.
Para darle el primer impulso a este proceso, aprobar el programa mínimo antineoliberal y lanzar el proceso de conformación de mesas para la convergencia ciudadana en todo el Estado, hemos convocado una Asamblea el próximo día 19 de febrero a las 11.00 horas en el Auditorio Marcelino Camacho de Madrid, Calle Lope de Vega nº 40.
Somos conscientes de que una convocatoria de este tipo no es muy frecuente. Pero existe una posibilidad real, hasta ahora tenida por imposible, de que se produzca una regresión dramática de las conquistas sociales, democráticas y culturales de los últimos treinta años. Está en juego, además, la propia existencia de la izquierda como actor político relevante. Por ello confiamos en tu responsabilidad y en tu generosidad en unos momentos tan importantes como los que estamos viviendo.
Un saludo cordial
El grupo promotor de la iniciativa
Juan Torres López, Manolo Monereo, Ricardo García Zaldívar, Carlos Martínez García, Armando Fernández Steinko, Roberto Viciano, Carlos Ruiz Escudero
- Enviado mediante la barra Google"
Wednesday, February 02, 2011
Subscribe to:
Posts (Atom)